Pinto da Costa revela conversa com Artur Jorge antes de o contratar para treinador: «O presidente tem coragem?»

• Foto: DR

Em declarações ao Porto Canal, Pinto da Costa recordou algumas histórias com Artur Jorge, desde os tempos em que ele era júnior do FC Porto até ao momento em que decidiu convidá-lo para ser o primeiro treinador da sua presidência. 

"Quando decidi que o Artur Jorge iria ser o treinador, na minha direção da altura, não houve grande recetividade. Fui a Lisboa e num restaurante chinês que havia perto do Altis convidei-o para almoçar. Falámos de futebol, na altura ele estava na Federação, falámos da vida dele e depois disse-lhe: 'Olhe Artur, quero que você seja o treinador do FC Porto'. E ele respondeu-me com uma pergunta muito interessante: 'O presidente tem coragem?' Eu disse: 'Eu tenho. Agora, se você não tem, acabou a conversa'. E ele disse: 'Não, não. Consigo vamos para a frente'. E eu disse-lhe: 'Mas olhe que é para ganhar'. E ele respondeu: 'Vamos ganhar'. Meteu logo o projeto no coração e na cabeça e o facto é que ganhámos", revelou o presidente do FC Porto. 

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Importância de Artur Jorge na história do FC Porto

"É muito importante. Se é o primeiro treinador a ser campeão europeu em qualquer clube português, é evidente que a história dele não é só importante no FC Porto, mas no futebol português. Era um estudioso, um homem que vivia intensamente os jogos, que se preparava muito bem."

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Artur Jorge enquanto jogador

"Conheci-o quando jogava nos juniores do FC Porto. Era uma promessa, sem dúvida alguma. Depois, por um acidente, digamos assim, foi cedido à Académica e teve uma grande carreira na Seleção Nacional como jogador."

Artur Jorge enquanto treinador

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"Foi uma aposta minha em 1984. Fizemos um percurso lindíssimo. O primeiro título que o FC Porto conquistou era ele o treinador e foi o primeiro treinador português a ganhar uma prova dos Campeões Europeus, em 1987. Fez uma equipa fabulosa, conseguiu criar um espírito de grupo e vitória onde, naquele final, onde o favoritismo fosse todo do Bayern, ele incutiu nos jogadores uma ambição que quando entramos para o campo acreditavam todos que íamos ganhar, como ganhámos. Era uma pessoa de um nível intelectual muito alto, com uma grande paixão pela música, pela literatura, pela arte... É uma pena, é apenas o que tenho a dizer."

Por Record
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