O FC Porto inaugurou esta terça-feira o denominado Portal da Transparência, uma plataforma online prometida por André Villas-Boas em campanha eleitoral, e dele constam os detalhes das remunerações dos órgãos sociais da SAD.
Feitas as contas, a nova administração da sociedade vai auferir um valor fixo total, por ano, de 486.500 euros durante o mandato entre 2024-2027. Tendo como ponto comparativo o último relatório e contas anual da SAD do FC Porto, da época 2022/23, aquele valor representa cerca de um quarto do que era auferido pela anterior administração, que se situou nos 2 milhões de euros.
Com André Villas-Boas a cumprir a promessa eleitoral de abdicar de qualquer remuneração fixa como presidente da SAD, na atual administração José Pedro Pereira da Costa, com o pelouro finaneiro, será o gestor mais bem pago, com 308 mil euros anuais, ao qual acresce um subsídio de alojamento de 42 mil euros - total de 350 mil euros anuais. Segue-se, já entre os membros não executivos, Carlos Gomes da Silva com 80.500 euros por ano e Ana Tavares Lehmann e Maria do Rosário Alves Moreira com uma remuneração fixa em conjunto de 56 mil euros.
Em termos comparativos, na época 2022/23 a lista de vencimentos fixos foi a seguinte: Pinto da Costa (672 mil euros), Adelino Caldeira (381.500 euros), Fernando Gomes (381.500 euros), Luís Gonçalves (294 mil euros) e Vítor Baía (294 mil euros). O valor total foi de 2.023.000 euros.
Além da diferença de valores, este era também um conselho de administração mais numeroso em comparação com o atual, sendo que, na presidência de André Villas-Boas, o organigrama foi redesenhado, com a distribuição de responsabilidade por outras funções fora do conselho de administração mas naturalmente dentro da estrutura da sociedade.
No que diz respeito às remunerações variáveis, as mesmas têm uma ponderação anual e plurianual, sempre limitadas a 60 por cento do valor da remuneração fixa. O FC Porto deu conta, a esse propósito, que os elementos do conselho de administração informaram já abdicar do pagamento de remunerações variáveis no presente mandato. De noto como ponto de comparação, as remunerações variáveis da SAD em 2022/23 ascenderam a 1,6 M€, distriuídos por Pinto da Costa (480 mil euros), Adelino Caldeira, Fernando Gomes, Luís Gonçalves e Vítor Baía, cada um com 280 mil euros.
Eis os pormenores dos vencimentos disponíveis no Portal da Transparência do FC Porto:
Conselho de Administração
Membros executivos
Remuneração fixa
- André Villas-Boas (Presidente): sem remuneração, após ter informado que abdicava da mesma
- José Pedro Pereira da Costa (Vogal com pelouro financeiro): 22 mil euros (14 meses)
Remuneração variável
- Composta por uma componente anual e outra plurianual, cujo valor está limitado a um máximo de 60% em relação à remuneração fixa
- Os membros executivos informaram que pretendem abdicar da remuneração variável no quadriénio 2024-2027
Membros não executivos
- Carlos Gomes da Silva (Vice-presidente): 5.750 euros (14 meses)
- Ana Tavares Lehmann e Maria do Rosário Alves Moreira (Vogais): 2.000 euros (14 meses)
Outros benefícios
- Direito ao valor pago pelo seguro de caução em cumprimento do Código das Sociedades Comerciais
- O presidente e vice-presidente, assim como os administradores executivos, beneficiam de seguro de saúde, telemóvel e viatura de serviço
- O administrador José Pedro Pereira da Costa, em virtude da sua residência se situar fora da área da sede da SAD, é atribuído um subsídio a título de despesas de alojamento no montante de 3.500 euros pago em 12 vezes ao ano
Assembleia Geral
António Tavares (Presidente): 5 mil euros por cada AG realizada
Jorge Basto (Secretário): 2.500 euros por cada AG realizada
Conselho Fiscal
Angelino Ferreira (Presidente): 1.000 euros mensais (12 meses)
Afonso dos Santos e Maria Maia Gomes (Vogais): 500 euros mensais (12 meses)