Ricardo Sá Pinto não vai estar amanhã no banco no segundo jogo do playoff, com o Chaves, determinante no que toca ao futuro da formação de Moreira de Cónegos na Liga Bwin, e o treinador não perdoa o capitão da GNR que terá ouvido o técnico proferir obscenidades em direção aos adeptos do Vizela, na última jornada da Liga Bwin, com base no qual foi determinada a suspensão de 15 dias.
Voltará a estar fora do banco.
"Para mim é uma grande injustiça estar fora. Este Capitão (n.d.r.: da GNR) Orlando Mendes foi um grande irresponsável. Ele deve ter ouvidos de super homem para ouvir aquilo que diz que ouviu. Era impossível ouvir no meio daquele estádio. Não percebo esta maldade, esta velocidade de decisão perante imagens que provam o contrário. Não fiz um gesto obsceno, não há palavras obscenas. Há braços no ar, isso é suficiente para tirar um treinador de uma final em que está em causa o sucesso de uma equipa? Não consigo perceber como isto é possível existir no futebol. Há casos graves que demoram um ano a ser julgados. Toda a gente sabe o impacto que tenho na liderança da equipa, sinto que posso ajudar a equipa e isto não se faz. Este Capitão é um grande mentiroso, pôs em causa o sucesso deste clube e desta Vila e ninguém diz nada. As pessoas da Vila têm de se revoltar com este Capitão. Mas, sabem o que vai acontecer. Vai ser contra tudo e contra todos. Isto faz-nos mais fortes, mais unidos, e amanhã vamos manter-nos na Liga".
Questionou o porquê desta situação?
"Coloquei-me à disposição para tudo. Mostrámos tudo limpinho. Os delegados da Liga viram as mesmas coisas que o outro senhor viu e não escreveram nada. Era impossível ter visto, estava nas minhas costas. Acho incrível que o Conselho de Disciplina, que eu respeito, seja obrigado a penalizar-me pelo que ele escreveu. Este senhor é que me tirou do banco. Não fiz manguitos, como ele disse. Esbracejei, isso é motivo para tirar um treinador da final? É uma revolta que tenho cá dentro. Não consigo perceber como isto aconteceu no futebol. Isto foi decidido demasiado rápido. Eu não merecia. Nunca fui expulso desde que estou cá, tenho sempre um comportamento exemplar durante os jogos. Só cá é que isto é possível. Temos uma grande equipa técnica, os jogadores acreditam."
Quando fala da rapidez da decisão, entende que tem alguma coisa a ver consigo?
"Não quero levar para aí, mas estou triste com isto. No máximo, uma advertência por uma conduta menos aceitável. Levar dois jogos depois de os adeptos deles terem simulado golos do Tondela durante o jogo todo, tinha os jogadores nervosos, sem se conseguirem concentrar. No final do jogo houve um despejar da adrenalina perante uma injustiça que estava a acontecer. Não festejo as derrotas de ninguém, mas sim os méritos da minha equipa."