Casquinha: «Achávamos que o Rui Vitória estava à frente em tudo»

• Foto: Manuel Araújo

"Eu estudei na escola onde o Rui trabalhou, conheço-o de Alverca e sempre vimos a evolução dele". Cláudio Casquinha fala com conhecimento de causa. O antigo avançado e também capitão do Vilafranquense é um dos poucos que foi colega de Rui Vitória enquanto futebolista e foi treinado pelo agora técnico principal do Benfica aquando do seu regresso ao Campo do Cevadeiro, agora na condição de treinar. Os elogios sucedem-se ao antigo camarada de armas e também seu conterrâneo e por isso salvaguarda que "a ida para o Benfica é natural por tudo o que tem feito nos últimos tempos".

"Como jogador e como colega, sempre foi uma pessoa que achávamos que tínhamos ali um exemplo. Sempre o vimos como uma pessoa um bocadinho à frente e era à frente em muita coisa. Era um conselheiro para mim. Eu cheguei ao Vilafranquense com 18 anos e ele já era o capitão e depois jogámos os dois no Seixal. No trajeto do Seixal para Alverca dava-me muitos conselhos e fomos falando muito. Eu estava numa altura da carreira em que estava a fazer golos e ele sempre me deu muitos conselhos. Foi uma pessoa que começou logo a treinar desde cedo com os miúdos em Vila Franca. Nunca se perspetivou nessa altura que conseguisse chegar a treinador do Benfica mas quando vamos vendo a evolução…", disse a Record numa opinião corroborada pelo ex-colega, Hugo Félix, que também se enquadra na condição de antigo companheiro de equipa e mais tarde jogador às ordens de Rui Vitória.

"Era uma etapa inicial da carreira dele mas sim, acreditava que podia chegar longe. Eu e possivelmente todos os que foram treinados por ele naquela época. Chegámos a falar mais tarde e ainda nem estava o Rui Vitória em Guimarães e dizíamos que, nos anos em que jogámos futebol, foi o melhor treinador [que tivemos], não querendo dizer que os outros foram maus".

A história de vida de Rui Vitória foi várias vezes relatada nos últimos meses mas faz sentido recordá-la uma vez mais. O antigo médio, natural de Alverca, coloca um ponto final na carreira de futebolista aos 32 anos após 15 épocas como sénior, depois de ter perdido os pais num fatal acidente de automóvel em setembro de 2002. A carreira de treinador começa, no Vilafranquense, na semana seguinte a ter dito adeus aos relvados com a camisola do Alcochetense que também lhe endereçou um convite para ser treinador.

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