Só Vítor Paneira foi enorme dos dois lados

Só Vítor Paneira foi enorme dos dois lados
• Foto: MANUEL ARAÚJO

Tiveram início em meados do século passado as transações de jogadores entre Benfica e V. Guimarães. A linha então estabelecida entre o Minho e a Luz, que trouxe e levou alguns jogadores importantes do futebol português, nem sempre cumpriu as expectativas que lhe estavam inerentes, embora haja casos de sucesso de um lado e de outro. De todos os futebolistas envolvidos em negócios intensificados a partir dos anos 70, só um conseguiu ser enorme nos dois lados da barricada: Vítor Paneira, o médio-direito que o Benfica foi contratar ao Vizela e que, depois de sete épocas (1988-1995) em que foi grande figura do futebol português, ainda fez quatro temporadas de grande nível em Guimarães (1995-1999), com presença na fase final do Campeonato da Europa de 1996.

Paneira foi, de entre aqueles que circularam nesta ponte imaginária, o único jogador a conseguir mais de 100 jogos no campeonato nacional em qualquer dos clubes: 207 jogos (28 golos) no Benfica; 128 jogos (15 golos) no V. Guimarães. A situação mais vulgar é a de sucesso num só clube, sendo mais correto ainda dizer-se que houve mais bem-sucedidos entre os que trocaram a Luz para envergar a camisola do Vítor Sport Clube.

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Pé Canhão

Um dos casos mais emblemáticos das relações entre os dois clubes foi o de António Mendes, o Pé Canhão que não teve espaço de manobra no grande Benfica na transição dos anos 50 e 60, e que havia de marcar uma época e atingir a eternidade como jogador do V. Guimarães. Mendes, que era uma grande figura nas reservas encarnadas, jogou com intermitências entre 1957 e 1962 com a águia ao peito (26 jogos e 19 golos na Liga). Seguiu para o Norte e em oito temporadas fez 201 jogos e marcou 77 golos pelos vimaranenses – Tito, que jogou no Vitória de 1971 a 1978, com 82 golos, é o maior goleador do clube.

Goleador Teixeira

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Na viragem dos anos 40 para os 50, o Benfica deixou seguir para Guimarães um jovem ponta-de-lança que se destacara nos juniores. Chamava-se António Teixeira e, entre 1949 e 1951, fizera 7 jogos e 6 golos pela equipa principal dos encarnados. Seguiu para Guimarães onde, na temporada de 1951/52, deu nas vistas ao ponto de fazer 14 golos em 24 jogos. Foi então contratado pelo FCPorto, clube no qual havia de fazer história: os 133 golos que apontou no Campeonato colocam-no no segundo lugar da lista dos melhores marcadores portistas, atrás de Fernando Gomes e à frente de Mário Jardel.

P. Bento e Dimas reforçaram águias ao mesmo tempo

De Guimarães vieram dois jogadores para o novo ciclo benfiquista, após o título de 1993/94, sob o comando de Toni. O novo treinador, Artur Jorge, apostou forte na contratação de dois jogadores que se notabilizaram no Vitória: o lateral-esquerdo Dimas e o médio-centro Paulo Bento. Os dois impuseram-se com firmeza na equipa principal dos encarnados, conquistaram uma Taça de Portugal e chegaram ao fim mais ou menos na mesma altura. Paulo Bento (49 jogos/2 golos) foi dispensado por Paulo Autuori (que investiu no brasileiro Jamir) e Dimas (68 jogos/4 golos) sairia a meio de 1996/97, com destino à Juventus.

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