Amorim há um ano no Man. United: «Houve momentos difíceis mas hoje sei que foi a melhor decisão da minha vida»

Ruben Amorim reage no banco de suplentes do Manchester United
• Foto: AP

No dia em que completa um ano no Manchester United, Ruben Amorim tem hoje pela frente mais um teste, diante do Nottingham Forest, onde pode alcançar a quarta vitória seguida na Premier League. Mas o treinador português reconhece que foram 12 meses "difíceis" e que a dada altura chegou a pensar que não estava destinado ao gigante inglês.

"Temos de pensar de forma positiva, mas também temos de estar preparados porque o futebol é assim", admitiu o técnico de 40 anos, citado pela imprensa inglesa. "Não somos aquela equipa que possa dizer 'podemos perder aqui ou ali, mas vamos manter o ritmo'. Mas confio mais nos meus jogadores e acho que eles também confiam mais em mim. Isso virá com as vitórias. Nota-se isso, porque toda a gente está a dizer 'uau, estão unidos e acreditam no treinador'. O importante é ganhar os jogos e isso não mudou muito, porque contra o Arsenal vi a mesma coisa. Por isso, não sei. Acho que estamos numa situação melhor, mas também é muito bom estar sempre preparado para que as coisas mudem. Vamos prestar atenção aos detalhes e manter o rumo. Posso dizer que neste momento somos uma equipa melhor."

PUB

Amorim reconhece, porém, que chegou a pensar se completaria um ano à frente dos red devils. "É difícil. Às vezes, em alguns momentos... Sei que vais [jornalista] escrever... Mas houve alguns momentos difíceis de lidar, perder tantos jogos... Foi muito difícil para mim, porque este clube é o Manchester United. A situação em que estávamos no ano passado, com todas as atenções viradas para a Liga Europa e sem ganhar... Foi muito difícil. Por isso, tive alguns momentos em que lutei muito e pensei que talvez não estivesse destinado a estar aqui. Hoje é o oposto. Por isso, podes escrever isto: hoje sinto, e sei, que esta foi a melhor decisão da minha vida e quero estar aqui."

O treinador português tentou manter-se sempre otimista, mesmo nos maus momentos. Sempre sem "cara de sofrimento" e com um sorriso no rosto. "É da minha personalidade e às vezes também... sei que muitas pessoas querem ver-me chegar aqui com cara de sofrimento, mas gosto de fazer o contrário. É a minha forma de ver as coisas. Desde o primeiro momento disse para mim mesmo 'isto não vai mudar quem eu sou'. Sou assim, vivo a minha vida desta forma. Sei que o futebol vai mudar em algum momento, agora estamos numa boa fase, mas tenho sempre aquela sensação de que algo pode mudar. É assim, tento equilibrar a minha vida. Pode dizer-se que me rio bastante, mas também se pode dizer que estou sempre [baixa a cabeça] assim no banco, e assim [a fingir exasperação]. É desta forma que vivo as emoções e acompanho a minha equipa. Se a minha equipa estiver a jogar bem e a correr bastante, serei um homem feliz."

Além do sorriso, Amorim fez sempre questão de manter o seu sistema tático assente em três centrais, que tantas críticas mereceu por parte dos comentadores em Inglaterra. "Nunca me senti tentado a alterar porque sei que em duas semanas isso pode voltar a mudar. E vocês vão dizer 'não, não, tínhamos razão', por isso é uma conversa sem sentido. Tenho uma ideia clara de como quero fazer as coisas e digo sempre o mesmo. Para mim, é um 3x4x3 que vamos adaptar consoante o adversário, por isso preciso de tempo, como qualquer treinador. Talvez a minha forma de fazer as coisas precise de mais tempo para que as pessoas comecem a compreender."

PUB

Por Isabel Dantas
2
Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de Internacional Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB