A presença de Giuseppe Coppola, de 72 anos, no funeral de Maradona, uma cerimónia que foi reservada a familiares e amigos mais chegados, causou surpresa, até porque foi a única pessoa ligada ao futebol a aceder àquele íntimo momento. Ainda para mais quando se sabe que Maradona e Coppola não se falaram durante 10 anos.
Quem o convidou foi Claudia Villafañe, a primeira mulher de Maradona, mãe de Dalma e Giannina, pois foi ela quem ficou encarregue de escolher os nomes dos presentes na restrita cerimónia.
Deixou de fora Rocío Oliva, ex-namorada de Maradona que o antigo craque chegou a acusar de roubo, mas convidou Coppola, antigo empresário de El Pibe. O internacional argentino também o acusou de o ter roubado e os dois só voltaram a reconciliar-se em 2015, dez anos depois do desentendimento.
Coppola passou a agenciar Maradona quando o craque estava no Nápoles e entre 1985 e 2003 conseguiu melhorar contratos, assinar acordos publicitários e aumentar as relações sociais do craque, promovendo encontros com personalidades como Fidel Castro, o Papa João Paulo II, os músicos Elton John e Rod Steward, a atriz Catherine Deneuve e até o príncipe Carlos, de Inglaterra.
Era mais do que um empresário, Coppola era um amigo e integrava o staff de Maradona. Foi até membro extraoficial da seleção argentina campeã em 1986.
A amizade entre ambos foi sofrendo atritos e desgastou-se. Em 2003 Maradona acusou-o de o ter roubado nos contratos.
Coppola passou por uma depressão e também teve uma vida complicada. Foi acusado de assassinar o amigo e empresário Leopoldo Armentano, em 1994, tendo sido detido durante três meses, mas o caso prescreveu em 2006. Também se diz que foi ele quem levou Maradona a cometer excessos com álcool, drogas e mulheres.
Maradona e Coppola reconciliaram-se em 2015, quando o pai de Maradona, morreu aos 87 anos.
Por Record