Torneio de Toulon: Ser melhor e perder ou a sina de Portugal

A ponderada análise do professor Rui Caçador no final do embate de ontem foi eloquente: "Não basta ter jogadores talentosos. Portugal precisa de jogadores que, em duas ou três ocasiões, concretizem uma delas."

A velha sina portuguesa voltou ontem a assolar um conjunto lusitano: não tendo realizado uma exibição de grande qualidade, ainda assim os Sub-20 lusos arquitectaram suficientes ocasiões de golo para garantir o triunfo, acabando, no entanto, derrotados por via de um infeliz auto-golo, lance fortuito que lançou o véu da injustiça sobre o encontro, e volta a fazer perigar o progredir de Portugal rumo às meias-finais.

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Após uns primeiros vinte minutos em que pareceu demasiado passiva, quiçá por estratégia, a equipa portuguesa foi assumindo as despesas do jogo, construindo lances de perigo, sem nunca, contudo, almejar a concretização das mesmas. Ante uma Suécia prática, pragmática e que mostrou grande tenacidade em manobras defensivas, talvez se exigissem maiores movimentos de ruptura no último terço do terreno, maior movimentação dinâmica e mestria na finalização.

A expulsão do sueco Fribrock, a cerca de 20 minutos do fim, fazia adivinhar o soçobrar, enfim, da muralha nórdica que tão bem tinha aplacado os sucessivos "impactos" lusitanos. Puro engano e triste injustiça, a Suécia acabaria por selar o (imerecido) triunfo na sequência de um lance de bola parada, com o infeliz Faria a, involuntariamente, colocar o esférico nas próprias redes, para seu desespero e dos demais.

Determinada, e tudo arriscando, a Selecção portuguesa buscou a força interior para ultrapassar as dificuldades inerentes ao choque anímico de se ver ultrapassada no marcador ante um adversário acessível, mas tenaz. A determinação, desta feita, não bastou, como sucedera ante os também amarelos, mas "canarinhos". Cabe rectificar, já amanhã, frente ao Japão.

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Obrigatório não perder com Japão

Rui Caçador, que optou por manter a base da equipa apresentada ante o Brasil, ao contrário do que adiantara anteontem, referiu: "Claramente, não tivemos a sorte do jogo. Jogar contra dez obriga-nos a ganhar. Falhou a finalização e provavelmente algumas opções que foram feitas de início. Não se podem falhar tantos golos como os que falhámos hoje. Fomos infelizes. O Hugo Faria não saiu por causa do autogolo, e quero que isto fique claro. Parabéns à Suécia. É obrigatório não perder o próximo jogo."

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