Itália frente a França: O génio criativo de Totti

Itália frente a França: O génio criativo de Totti

Roterdão - O futebol consegue ser, por vezes, de uma crueldade atroz. A Itália foi superior aos campeões do mundo durante todo o tempo regulamentar e acabou por baquear já em período de descontos na sequência de uma bola despejada por Barthez, já em desespero de causa, para o meio campo italiano, ganha por Trézéguet de cabeça e bem aproveitada por Wiltord. Seja como for, a Itália deu uma bela lição de futebol colectivo e desmentiu categoricamente que seja uma equipa que utiliza o "catenaccio" como sua principal arma.

Domingo, souberam defender de forma magistral até ao fatídico minuto 93 e demonstraram saber atacar com eficácia e tomar nas suas mãos a iniciativa e a despesa do jogo. As melhores oportunidades de golo pertenceram-lhes.

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TOLDO - É a tranquilidade personificada do alto do seu 1,96 m. Parecia que nada o perturbava e que os remates de Henry e companhia estavam condenados a morrer na suas mãos imensas. Defendeu tudo o que havia a defender, por alto ou rasteiro. Só não parou o pontapé de Wiltord...

CANNAVARO - Saiu-lhe a fava do bolo: Henry. Em 103 m foi batido duas vezes: aos 41 m (viu um amarelo) e aos 49 m (Zidane chegou atrasado) - o que foi notável. Só não pôde travar a fatídica incursão de Robert Pires...

NESTA - Provou ser o melhor central europeu da actualidade. A sua leitura e percepção dos lances são perfeitas, o que lhe permitiu sempre antecipar-se aos adversários, sem fazer faltas. Os avançados franceses ainda não tinham enfrentado, nesta prova, um central com a classe de Nesta.

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IULIANO - A bengala de Nesta, a quem complementa na perfeição. Bom sentido posicional, forte no jogo aéreo, eficiente a "limpar" a sua zona. Aos 70 m fez um corte magistral a "tirar o pão da boca" a Henry, após cruzamento rasteiro de Zidane.

MALDINI - Esteve igual a si próprio - é o melhor elogio que se lhe pode fazer. Ao nível do melhor que lhe conhecemos. Intransponível a defender e com o "timing" certo nas saídas para o ataque. Aos 43 m e 53 m ofereceu o golo de bandeja a Delvecchio.

PESSOTTO - Ocupou a vaga de Zambrotta, no flanco direito, e fê-lo com irrepreensível competência. É um jogador polivalente, que defende e ataca com a mesma eficiência, porque tem raça e qualidade técnica.

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ALBERTINI - É um jogador culto tacticamente, que lê bem o jogo e tem a noção exacta do posicionamento em campo. Zidane que o diga, tantas vezes Albertini lhe surgiu a esbarrar o caminho.

DI BIAGIO - Não repetiu a grande exibição que fez frente à Holanda. Fez um bom trabalho defensivo, em prol da equipa, mas não esteve ao mesmo nível no "tempo" ofensivo. Substituído aos 66 m por Ambrosini.

FIORE - Teve uma entrada de leão, a criar grandes problemas à defesa francesa com as suas diagonais, a rasgar. Mas foi perdendo gás e inspiração, embora nunca tenha baixado a um nível sofrível. Substituído aos 52 m por Del Piero.

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DELVECCHIO - Justificou a aposta de Zoff. Frente a um adversário da envergadura de Desailly, ganhou-lhe mais vezes do que é habitual, soube segurar a bola de costas para a baliza e surgir no sítio certo no magnífico golo que marcou.

DEL PIERO - Entrou bem no jogo, a aproveitar os espaços criados pelo balanceamento da França em busca do 1-1, mas desperdiçou duas ocasiões soberanas "na cara" de Barthez, que dariam o "xeque-mate" à França.

AMBROSINI - Entrou para o lugar de Di Biagio com proveito para a equipa. Integrou-se rapidamente no ritmo do jogo e foi mais uma barreira à investida desesperada dos franceses.

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MONTELLA - Entrou a poucos minutos do fim, já numa fase em que a Itália procurava queimar tempo, com o intuito de explorar a sua velocidade no contrapé face aos espaços que se abriam na defesa gaulesa.

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