Federação e primeiro-ministro britânico condenam insultos racistas contra jogadores

• Foto: Reuters

A Associação Inglesa de Futebol mostrou-se "chocada" e "enojada" pelos comentários racistas nas redes sociais que visaram três jogadores da seleção, uma condenação seguida já esta segunda-feira pelo primeiro-ministro britânico.

"Os jogadores da equipa inglesa merecem serem tratados como heróis, não [como vítimas de] insultos racistas nas redes sociais", escreveu Boris Johnson no Twitter, referindo-se aos comentários racistas dirigidos a Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, os três jogadores que falharam os penáltis na derrota deste domingo com a Itália na final do Euro'2020, em Wembley.

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"Os responsáveis por este terrível abuso deveriam envergonhar-se", acrescentou o primeiro-ministro.

A Federação Inglesa de Futebol já afirmara estar "chocada" e "repugnada" pelos comentários racistas.

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"Estamos enojados pelo facto de membros da nossa equipa, que deram tudo de si este verão, terem sido sujeitos a ataques discriminatórios online depois do jogo desta noite", publicou a federação também no Twitter.

"Nós apoiamos os nossos jogadores", insistiu.

Os três jogadores falharam a cobrança dos penáltis, selando a derrota da Inglaterra com a Itália, acabando com o sonho de um país inteiro que esperava ganhar um segundo grande título, 55 anos após a sua vitória em casa no Campeonato do Mundo de 1966.

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A federação afirmou ainda que "condena todas as formas de discriminação e está chocada com a propagação do racismo nas redes sociais contra alguns jogadores de Inglaterra".

"Dizemos, nos termos mais claros possíveis, que qualquer pessoa por detrás de um comportamento tão repugnante não é bem-vinda entre os apoiantes desta equipa", concluiu.

A polícia de Londres disse estar "a investigar" as publicações "insultuosas e racistas".

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O futebol inglês tem sido flagelado há vários meses pelo racismo online que visa os jogadores após a derrota ou desempenhos dececionantes nos respetivos clubes.

Em maio, a federação apelou ao Governo britânico para que legislasse imediatamente para forçar as redes sociais a tomarem medidas contra insultos online, que no passado visaram Marcus Rashford.

Para chamar a atenção para este tipo de racismo, a federação, os clubes da Premier League, da Segunda Divisão e da Superliga Feminina, bem como as organizações representativas de jogadores, árbitros e treinadores, a que mais tarde se juntaram outros desportos como o rugby e o críquete, tinham decidido não alimentar as suas contas nas redes sociais de 30 de abril até 3 de Maio.

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A final do Europeu também foi marcada por incidentes com adeptos sem bilhetes que conseguiram entrar no estádio, quebrando barreiras de segurança e sobrecarregando o pessoal do estádio.

Uma cena de violência com adeptos a desferirem murros e pontapés a um homem asiático nos corredores do estádio foi filmada e afixada nas redes sociais.

Por Lusa
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