Pauleta é uma lenda do Paris SG e Gonçalo Ramos não esconde a vontade de conseguir chegar ao mesmo estatuto no clube da capital francesa. O primeiro objetivo assumido do jovem avançado português é ultrapassá-lo em golos - os 109 que durante largos anos fizeram do açoriano o maior goleador da história do clube -, uma 'paixão' que ambos partilharam ao longo da carreira, como o próprio refere em entrevista ao Canal+.
"Parecido com Pauleta? Acho que sim, porque ele fazia muitos golos e eu também faço muitos golos. Gosto de ser associado a uma lenda do clube, que foi capitão aqui, fez muitos jogos, marcou muitos golos, espero ultrapassá-lo em golos", desejou o jovem avançado, que foi 'desafiado' pelo jornalista a repetir aquilo que Pauleta fazia regularmente: marcar ao Marselha. "Tenho de fazer igual", disse, a sorrir.
Numa curta entrevista, Gonçalo Ramos aproveitou também para apresentar as suas credenciais. "Sou um avançado, que quer muito marcar golos. E espero que isso aconteça. Sou trabalhador, jogador de equipa. Gosto de participar no jogo todo, mas quando é o momento de aparecer para matar e para fazer golo, tenho de lá estar".
Voltando atrás, ao Benfica, o avançado de 22 anos assume que a última temporada foi importante na sua evolução. "O facto de ter jogado, de ter muitos minutos, dá-me logo confiança. E torna-me logo num jogador diferente. E somar golos aos minutos de jogo, ajuda ainda mais. Sou um jogador super confiante".
A conhecer uma nova realidade, Ramos confessa que, mais do que ansiedade por viver em Paris, está "curioso". "Porque é tudo novo. Colegas, treinador, instalações, cidade nova, isso é a maior incógnita. Só estava habituado a Portugal e Lisboa, agora venho para Paris que não tem nada a ver. Muito maior, tudo diferente. Acho que será boa experiência". Uma experiência que, apesar da distância física para Portugal, o manterá sempre bem ligado ao nosso país. "Em qualquer rua de Paris encontra-se um português ou alguém que fala português. É impossível sair à rua sem encontrar portugueses", apontou desde já.
Questionado sobre o peso dos 80 milhões de euros (65M€+15M€), o dianteiro desvaloriza. "É só um número. O que interessa para mim é onde eu estou e o que posso fazer. O resto para mim não me diz muito".
A fechar, Gonçalo Ramos explicou a sua opção e assumiu que tudo serviu para convencê-lo. "Sempre gostei muito da ideia, mas depois do presidente e do diretor falarem comigo, depois de saber a opinião do mister... Para além disso, o facto do projeto ser muito bom, foi só a ponta final para eu abraçá-lo", explicou, antes de apontar objetivos coletivos. "Ganhar todos os títulos possíveis. Campeonato, Taça, Champions. Não é fácil, mas é o objetivo. Num clube como este temos de olhar para todos os títulos".