Chelsea abre processo disciplinar a Enzo Fernández após cântico racista: «Vamos aproveitar para educar»

• Foto: Reuters

O ‘live’ de Enzo Fernández nas redes sociais dentro do autocarro da seleção da Argentina, depois da vitória na Copa América, levou o Chelsea a tomar posição esta quarta-feira e a abrir um processo disciplinar ao médio.

"O Chelsea considera todas as formas de comportamento discriminatório completamente inaceitáveis. Sentimos orgulho de ser um clube diversificado e inclusivo onde pessoas de todas as culturas, comunidades e identidades se sentem bem-vindas", refere o clube londrino.

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O Chelsea diz ainda que aprecia o "pedido de desculpas público" de Enzo Fernández, diz que instaurou um processo disciplinar interno e vai aproveitar "esta oportunidade para educar".

Na parte final do vídeo, que acabou por ser abruptamente cortado, ouve-se uma música de teor racista, xenófoba e transfóbica que visa Mbappé e a seleção francesa e que já foi entoada por adeptos argentinos durante o Mundial’2022. "Eles jogam pela França, mas são de Angola, que bom que vão correr, relacionam-se com transexuais, a mãe deles é nigeriana, o pai deles cambojano, mas no passaporte: francês", são algumas das palavras da canção.

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A reação não se fez esperar e a Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou que vai apresentar queixa contra os argentinos. "Face à gravidade das afirmações chocantes, contrárias aos valores do desporto e dos direitos humanos, o presidente da FFF decidiu questionar diretamente o seu homólogo argentino e a FIFA, além de avançar com uma queixa na justiça devido às afirmações injuriosas de caráter racista e discriminatório", referiu a entidade liderada por Philippe Diallo em comunicado. A ministra do Desporto francesa, Amélie Oudéa-Castéra, também reagiu nas redes sociais, denunciando aquilo que considerou "comportamentos ainda mais inaceitáveis porque se repetem". Além disso, considerou o vídeo "patético’ e exigiu uma reação da FIFA.

A polémica subiu de tom quando Wesley Fofana, defesa francês do Chelsea, recorreu às redes sociais para criticar a postura do companheiro de equipa Enzo. "O futebol em 2024: racismo descomplexado", lê-se na publicação de Fofana, um dos cinco jogadores gauleses do Chelsea – com Nkunku, Ugochukwu, Axel Disasi e Malo Gusto – que deixaram de seguir o médio ex-Benfica nas redes. Pouco depois, Enzo pediu desculpa: "Aquelas palavras não refletem as minhas crenças ou caráter."

Por Record
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