A viver o seu primeiro dia como futebolista livre, depois de terminar de forma algo atribulada uma relação de sete anos com o Nápoles, Mário Rui prestou declarações ao 'Tuttomercatoweb' para falar sobre o calvário que viveu nos últimos meses como jogador dos napolitanos. Uma das peças fundamentais na conquista do Scudetto em 2022/23, o experiente lateral-esquerdo português foi afastado do plantel principal no início da temporada depois de uma conversa com Antonio Conte e viu-se obrigado a terminar contrato com o clube, estando neste momento livre para assinar por qualquer clube.
Apesar de figurar "difícil" um possível regresso a Portugal nesta fase da carreira, Mário Rui diz-se "aberto para qualquer tipo de oportunidade". "Obviamente que não é fácil, não foi simples assinar o acordo de rescisão. Depois de sete anos e meio em Nápoles, não pode ser fácil: nesta altura já se tinha tornado a minha casa. A nossa casa. Mas o futebol também é isto, as coisas podem mudar de um dia para o outro e é importante que tudo tenha terminado no momento e da forma correta", começou por revelar o defesa esquerdo luso, assumindo estar preparado para "virar a página": "A época passada não foi a melhor, depois fui excluído da equipa. Mas o Nápoles era agora a minha casa: deu-me muito e penso que eu dei o mesmo. O futebol é assim, tudo pode mudar de um dia para o outro e agora tenho de virar a página. Portugal? É difícil. Cheguei a Itália em 2011, a minha carreira desenvolveu-se e pertence a Itália. Dito isto, estou habituado a enfrentar desafios e estou aberto a qualquer tipo de oportunidade: nestes meses não joguei e quero muito voltar ao campo. Quero voltar a ser feliz."
Sem conseguir encontrar uma explicação para o seu afastamento, Mário Rui deixa, ainda assim, elogios à forma como Antonio Conte foi claro consigo desde o início. "Mesmo hoje é difícil dar uma explicação. A época passada foi objetivamente muito complicada e depois começou um novo projeto com Antonio Conte", disse o internacional português, continuando: "Sim, falámos logo. Fomos muito claros um com o outro. Ele explicou-me imediatamente o seu projeto e depois avançámos de acordo com o que tínhamos combinado. Foi sempre muito claro comigo".
À procura de um novo desafio na carreira, Mário Rui diz ter recusado oficialmente apenas uma proposta até ao momento. "Este ainda é um tema sensível para mim, mas posso dizer que na realidade só recebi e recusei oficialmente uma proposta: a do São Paulo", revela o defesa, sublinhando que a mudança para o Brasil não lhe pareceu "a coisa certa a fazer": "Foi uma proposta intrigante, mas agradeço-lhes. Pensei muito nisso, mas sou um homem de família e não sou só eu, não posso pensar e decidir só por mim. Havia dinâmicas difíceis de gerir e, naquele momento, não me pareceu que fosse a coisa certa a fazer".
Apesar de estar algo magoado com a saída do Nápoles, Mário Rui esclarece que em momento algum dificultou a sua saída do clube. "Nunca quis criar problemas a ninguém. Houve muitas notícias sobre o meu processo contra o Nápoles e nada podia estar mais longe da verdade. Falei com [Giovanni] Manna e chegámos rapidamente a um acordo".
Sem qualquer jogo oficial disputado esta temporada, Mário Rui quer reencontrar-se rapidamente com a sua melhor forma física para voltar a fazer o que mais gosta. "Sempre treinei e sempre fiz a parte atlética. Claro que me falta o ritmo de jogo, tenho de encontrar a dinâmica do campo que é diferente da atlética. Podes correr quando quiseres, mas o ritmo de jogo é outra coisa", atira, sublinhando ainda não pensar para quando decidir pendurar as chuteiras, apesar de imaginar-se sempre ligado ao futebol: "Não gosto de pensar a longo prazo, vivo o presente e trato do que está à minha frente. Só espero encontrar uma equipa e voltar a fazer o que gosto, o que sei fazer. Não sei quanto ao futuro, mas é evidente que, depois de tantos anos como futebolista, gostaria de continuar neste mundo. Em que moldes, veremos mais tarde..."
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