O presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) defendeu esta terça-feira a necessidade de haver mais modalidades no desporto escolar para que as crianças não tenham de o fazer à noite sem terem tempo em família.
"É uma lacuna que existe e que as pessoas com mais autoridade deviam estar mais sensíveis a esta situação, no entanto, também sensibilizar as escolas a abrirem portas às modalidades que estão no concelho", alertou Emanuel Silva.
À agência Lusa, defendeu que, dessa forma, "os miúdos iam poder praticar desporto dentro do horário letivo e poder ir para casa, fazer os trabalhos de casa, e estarem em família" e, isso, "é o ideal do futuro do desporto nacional".
"Temos que ter uma mentalidade muito aberta e muito coesa no sentido de saber dar oportunidades aos miúdos no sentido de eles poderem escolher aquilo que mais gostam", destacou.
E, neste sentido, falou do desporto, mas também uma qualquer outra área, como teatro ou música e, para isso, tem que se "poder oferecer aos miúdos um leque e uma oferta de experiências muito mais abrangente".
O presidente da CAO falava à agência Lusa no final do painel "Conversa com campeões", que encerrou o primeiro de dois dias da terceira edição do S4Congresso (Safety, Security, Service, Sports events),
O congresso internacional, organizado pela Autoridade de Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD), em Viseu, este ano tem como lema "Rumo a eventos desportivos mais seguros e acolhedores".
No mesmo painel esteve a basquetebolista Márcia Costa, que destacou que "o desporto acrescenta em tudo ao longo da vida, seja nos estudos, na profissão ou socialmente".
A conversa contou também com a atleta paralímpica Beatriz Monteiro, vice-campeã europeia de badminton, que confessou ter tido o primeiro contacto com a modalidade no desporto escolar, defendendo a "necessidade de mais e diferentes modalidades".
Neste sentido, Beatriz Monteiro corroborou com Emanuel Silva ao considerar que "há muito pouco desporto escolar, poucas modalidades, porque há muitas escolas que não têm condições para e então deixam passar" a prática desportiva.
"O desporto escolar também pode trazer amigos, relações, pode trazer muitas coisas e pode também intervir um bocadinho mais no desporto profissional e acabar por ganhar novos atletas, ou seja, o desporto profissional pode crescer", considerou.
A atleta de 19 anos, que se mudou de Sintra, onde nasceu e residia com os pais, para as Caldas da Rainha, para integrar o Centro de Alto Rendimento, defendeu também que é preciso "mais integração das crianças com deficiência".
"Há muitas pessoas com deficiência que sofrem bastante, porque não têm um desporto que possam praticar, ou não têm condições para praticar ou então acabam sempre por colocá-las de lado", indicou.
Beatriz Monteiro deu como exemplo casos que sabe que aconteceram, de "professores que acabam por colocar um menino com paralisia cerebral de parte e isso custa, porque mesmo tendo dificuldades, tem de ter acesso ao desporto, tem de experimentar ou arranjar uma forma de" o fazer.
A atleta defendeu ainda a "importância dos professores, que passam muito mais tempo com as crianças que os pais, de estimularem as crianças" para o desporto, seja com a inclusão de modalidades numa aula de português, por exemplo, que "acaba por despertar a curiosidade de ir saber mais" sobre a modalidade abordada na aula.
Por LusaEmanuel Silva abordou o tema no S4Congresso (Safety, Security, Service, Sports events)
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