Svendborg – Alguns jogadores, dirigentes e técnicos do ABC não conseguiram, domingo, colocar “em campo” aquela que tem sido uma das principais virtudes do clube nos últimos anos: a capacidade de manter a calma mesmo quando as condições são adversas. Neste caso, uma série de decisões tendenciosamente “caseiras” da dupla de arbitragem e uma actuação absurda do delegado da EHF foram os factores que aqueceram demasiado a cabeça dos portugueses e geraram uma “décalage” no marcador que se revelou impossível de ultrapassar.
O Gudme, mercê da vitória por 26-25 (exactamente o mesmo resultado verificado na primeira volta em Braga, só que, nessa ocasião, com triunfo do ABC), manteve viva uma ténue esperança de ainda chegar aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, mas são os campeões lusos que, apesar de agora dificilmente poderem chegar à vitória no grupo C, conservam a melhor posição para seguirem em frente, já que um empate na última jornada, em casa, frente ao Trieste, é suficiente para assegurar o segundo lugar na “poule” e o consequente apuramento.
Teoricamente, o quadro continua a ser favorável ao ABC, mas o que é certo é que tudo poderia ter ficado arrumado já domingo. A oito minutos do final da primeira parte, com o resultado em 10-10, Carlos Galambas foi excluído por protestos; pouco depois, o ABC é punido com jogo passivo quando um atleta acabava de cobrar um livre de nove metros... Os juízos “caseiros” e as dificuldades na recuperação defensiva dos pupilos de Donner permitiram ao Gudme marcar, em contra-ataque, cinco golos sem resposta. Já no último minuto da primeira parte, também Paulo Morgado é excluído... por desviar a baliza do local devido. Com o jogo interrompido, entra, então, em acção o “diligente” delegado Mosnicka, o qual avisa os árbitros que o outro guarda-redes, António Campos, tinha entrado sem que um atleta tivesse saído, pelo que os portugueses são punidos com nova exclusão.
Já na segunda parte, o ABC, para além de reiniciar o jogo com dois atletas a menos, revela um grau de desorientação pouco usual, o que se traduz numa série de remates precipitados que conduzem a uma desvantagem de oito golos (12-20, com 10 minutos decorridos).
A partir daí, surge, finalmente, a reacção... positiva e, com Morgado, Galambas e Tchikoulaev em excelente plano, a formação bracarense provou que é superior, técnica e tacticamente, ao adversário. Só que era tarde e o máximo que conseguiu foi reduzir a “décalage” para uma derrota tangencial (25-26).
A figura do ABC
A maioria dos jogadores do ABC exibiram-se, domingo, abaixo do “normal” e, se ninguém foi brilhante, Paulo Morgado foi o que mais se aproximou do nível habitual. Ao efectuar 16 defesas, o guarda-redes registou um aproveitamento claramente positivo e sublimado com excelentes intervenções na parte final do jogo, quando a vitória (ou pelo menos o empate) estava ao alcance da formação lusa.
O desempenho só fica manchado pela reacção intempestiva no final da primeira parte, em que deslocou a baliza e acabou por ser excluído. Uma situação semelhante, aliás, às outras duas exibições de realce da equipa: Galambas – outra exclusão por protestos, só que verbais – e Tchikoulaev -- viu o cartão vermelho a sete segundos do final por agredir um adversário.
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