As lançadoras portuguesas Liliana Cá e Irina Rodrigues quedaram-se na última madrugada pela qualificação do lançamento do disco nos Campeonatos do Mundo de atletismo Tóquio'2025.
Liliana Cá, medalha de bronze nos Europeus Roma'2024, terminou no 15.º posto, com 59,79 metros, enquanto Irina Rodrigues, quarta nos últimos Campeonatos da Europa, foi 20.ª, com 59,23.
Ambas ficaram aquém dos 62,02 metros alcançados pela alemã Kristin Pudenz, que assegurou a 12.ª e última vaga na final, marcada para domingo, cuja qualificação direta estava fixada em 64 metros.
"Não vou dizer que eu estou triste, porque foi uma época muito longa e nós estávamos, praticamente, a arrastar-nos para poder chegar aqui e fazer uma boa marca, que não aconteceu", explicou Liliana Cá, na zona mista do Estádio Nacional do Japão, após a sua quarta presença em Campeonatos do Mundo.
A detentora do melhor resultado luso na disciplina em Mundiais, com o sexto lugar em Oregon'2022, que igualou a classificação de Teresa Machado em Atenas1997, voltou a lamentar o desfecho de uma prova disputada na capital nipónica, quatro anos depois de ter terminado a final olímpica de Tóquio2020 no quinto lugar, após uma queda no primeiro lançamento.
"Parece que as más memórias em Tóquio me perseguem, apesar de eu gostar do país", reconheceu a lançadora do Sporting, de 38 anos, que chegou a Tóquio2025 com 65,35 como melhor marca do ano, a praticamente um metro do recorde pessoal (66,40).
Cá começou o concurso com 59,79, mas não conseguiu melhorar, terminando a qualificação sem a terceira final seguida, depois do oitavo lugar em Budapeste2023.
"Por acaso, acho que estou a valer uma boa marca, só que temos dias 'sim', dias 'não' e hoje foi um dia [desses]. Senti que eu não entrei em competição em nenhum momento, o aquecimento também não foi dos melhores, mas enfim", concluiu.
Sem finais em Mundiais continua Irina Rodrigues, que, na sua sétima participação conseguiu a melhor marca de sempre na competição, com os 59,23 do segundo ensaio, após os 59,10 do primeiro e com um nulo a fechar.
"Sentia que podia ter lançado 60 metros e não lancei. É isso que me deixa um bocadinho triste, mas é mesmo só isso, porque eu estive seis meses sem saber se ia lançar ou não, por causa da minha rotura do lábrum da anca. Por isso, estar aqui e lançar sem dores, acho que é uma participação honrosa e da qual tenho de estar orgulhosa", vincou a recordista nacional (66,60).
Irina Rodrigues enalteceu ainda o desfecho de uma atleta, e médica, de 34 anos, que permanece com o 17.º posto em Moscovo2013, na estreia como melhor resultado em Mundiais.
"Já sabem a minha logística, tenho de trabalhar, tenho de treinar e acho que consegui estar aqui e consegui a minha melhor marca em Campeonatos do Mundo. Fica só o amargo de boca de sentir que podia ter sido melhor", lamentou.
A lançadora natural de Leiria radicou-se no ano passado na ilha Terceira, onde é médica do Hospital de Santo Espírito, e reconhece que essa mudança para os Açores lhe conferiu outra tranquilidade para enfrentar as grandes competições.
"Estou muito mais tranquila. Acho que sou uma pessoa mais confiante. E hoje só não saiu aquele resultado que eu queria que saísse", reiterou Irina Rodrigues, prometendo voltar aos grandes palcos, até por já ter a qualificação assegurada para os Europeus Birmingham2026.
Foi 23.º na qualificação
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