Ricardo Vasconcelos sobre o Eurobasket'2027: «O difícil é sempre manter, nunca é chegar»

Ricardo Vasconcelos
• Foto: Paulo Calado

O selecionador português feminino de basquetebol reconheceu esta sexta-feira que voltar ao Campeonato da Europa vai ser agora mais difícil, na véspera de iniciar a qualificação para o Eurobasket'2027, na Sérvia.

"O grupo tem um lado quase bastante familiar, até porque nós atingimos o que atingimos como base de um trabalho de médio e longo prazo. Nós não nos juntámos ontem. Há muitas jogadoras que vêm à seleção há mais de 10 anos e eu também levo esse cargo há mais de 10 anos", começou por explicar Ricardo Vasconcelos.

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Em declarações à agência Lusa, o treinador, de 48 anos, assumiu-se entusiasmado com o regresso, após a inédita presença no Eurobasket'2025, na qual conquistou a primeira vitória, frente a Montenegro (63-49), para o reencontro com a Sérvia.

"É o reencontrar da maior parte das jogadoras, que é sempre saudável, até porque todos os portugueses e nós, especialmente, ficámos muito contentes com o clima do Europeu. A energia é positiva, o ambiente é saudável. Agora, também somos conscientes de que o apuramento anterior dá-nos uma responsabilidade superior para este próximo pré-apuramento", advertiu.

Portugal inicia o Grupo G da primeira fase de qualificação para o Eurobasket'2027, em Belgrado, no sábado, a partir das 18h00 locais (17h00 em Lisboa), frente à Sérvia, seleção com que carimbou o último apuramento, recebendo, três dias depois, a Islândia, no Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, no Barreiro, às 19h00.

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"Isto é uma pré-fase que nós estamos aprendendo. E então, também somos conscientes desse lado da responsabilidade que nasceu quando nós mostrámos que somos capazes de estar a determinado nível. O difícil é sempre é manter, nunca é chegar", reconheceu.

O caminho para a 41.ª edição do Eurobasket, que vai ser organizado por Bélgica, Finlândia, Suécia e Lituânia, é ainda dificultado por atravessar um grupo de apenas três equipas.

"Não há uma quarta equipa. Essa quarta equipa, normalmente, é uma equipa do último pote de ranking e nós não temos essa equipa fácil, que nos costuma dar duas possibilidades, uma é ganhar confiança e a outra é que podem ganhar algum jogo que não era suposto", referiu.

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No entanto, o técnico, responsável pela seleção feminina desde 2016/17, consegue encontrar aspetos positivos na exiguidade do agrupamento.

"Por outro lado, as jogadoras têm épocas compridas e menos um jogo também acaba por ser uma coisa boa", vincou.

Já o reencontro com a Sérvia, 10.ª do ranking mundial, é encarado com respeito.

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"A Sérvia é uma equipa muito forte, do top da Europa, que nos tem calhado nos últimos tempos. Mas mudaram de treinador, portanto, devem mudar algumas dinâmicas, apesar de 11 das 12 jogadoras que estiveram no Eurobasket estarem convocadas", advertiu.

Certa é a presença, no lado oposto, no sábado, de "equipa com jogadoras de altíssimo nível e que estão habituadas a estas andanças".

No fim de contas, realisticamente, Ricardo Vasconcelos apresenta o objetivo: "Queremos ser, pelo menos, segundos, porque é o que nos há garantias de passar".

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Para o segundo jogo, na terça-feira, o selecionador também não espera facilidades.

"A Islândia é uma equipa que está atrás de nós no ranking [66.ª do mundo], mas, fisicamente é muito dura, muito capaz. Tem uma norte-americana naturalizada, boa jogadora, que nos vai criar dificuldades. Mas, sobretudo no jogo lá, que é uma deslocação longa, a um sítio diferente, bonito, mas numa viagem sempre complicada", explicou.

A esta dupla jornada seguem-se novos embates com Sérvia, em casa, e a deslocação à Islândia, em 14 e 17 de março de 2026, respetivamente, promovendo os dois primeiros de cada grupo e os três melhores terceiros para a segunda ronda, a disputar em novembro de 2026 e fevereiro de 2027, novamente em grupos de quatro.

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Por Lusa
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