Norberto Mourão exultou este domingo com a conquista de novo título europeu na classe adaptada VL2, assumindo que as condições do vento o favoreceram na prova, em Szeged, na Hungria.
"Muitas vezes queixamo-nos das condições das provas. O vento de frente do lado esquerdo é pior para mim, mas hoje não me posso queixar, pois estava de frente do lado direito, o ideal para mim. O facto de estar doente [com gripe], mas ter o vento do meu lado ajudou-me a conquistar este título europeu. Hoje, as condições favoreceram-me", regozijou-se, em declarações à Lusa.
Na pista seis, Mourão concluiu o seu desempenho em 55,455 segundos, batendo o ucraniano Andrii Kryvchun, segundo classificado, por 0,150 segundos e o húngaro Robert Suba, terceiro, por 0,316.
"Felizmente, da eliminatória até à final, tive mais quatro dias para descansar e recuperar, não a 100%, mas o suficiente para vencer. Era o objetivo que nos trazia cá e felizmente consegui alcançá-lo", congratulou-se.
Depois de ter conquistado a medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio'2020, Norberto Mourão, 43 anos, espera repetir o pódio, agora em Paris'2024.
"A responsabilidade e a motivação continuam a ser as mesmas. Em 2021, no ano dos Jogos, também fui campeão da Europa, um bom augúrio. Embora a competitividade agora seja maior, o nível está mais alto. Neste momento sou o melhor europeu e tenho uma responsabilidade muito grande de levar Portugal e a Europa a um lugar de pódio. Desejo melhorar o meu resultado [de Tóquio2020]", concluiu.
Bronze nos Jogos Paralímpicos Tóquio'2020, Norberto Mourão tinha sido campeão da Europa também em 2021, e bronze em 2019 e 2022.
O seu treinador, Ivo Quendera, destacou a "pessoa extraordinária antes do campeão", considerando que isso lhe dá "humildade e foco para trabalhar e chegar onde chegou".
"Desde 2019 que tem sido feliz todos os anos, com medalhas. É um desportista focado, preocupa-se com o que realmente interessa na vida. Não se deslumbra com excessos e não perde tempo com coisas que não fazem falta no alto rendimento. Mais do que um atleta e campeão, é um ser extraordinário e é muito fácil trabalhar com ele", elogiou o técnico.
Agora, até aos Jogos Paralímpicos, a ideia é "focar, recuperar, melhorar e corrigir o possível, para que os Jogos Paralímpicos seja novamente um palco de boas sensações como aconteceu em Tóquio'2020", completou.
Esta foi a quarta medalha de Portugal nos Europeus, a primeira e única na paracanoagem, juntando-se ao ouro de Iago Bebiano e Kevin Santos em K2 200 metros e à prata em K1 500 de Fernando Pimenta, igualmente bronze nos olímpicos K1 1.000.
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