Luís Costa e o bronze conseguido nos Jogos Paralímpicos Paris'2024: «Um dia tinha que acontecer»

• Foto: Epa/Lusa

Luís Costa conquistou esta quarta-feira a medalha de bronze na prova de contrarrelógio de ciclismo de estrada da classe H5 dos Jogos Paralímpicos Paris'2024, sendo este o quarto pódio de Portugal no evento.

O ciclista português nunca perdeu a esperança de subir ao pódio

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RECORD: Qual é a sensação após essa medalha de bronze?

Luís Costa: Não sei como explicar isto. É claro que eu acreditava e dizia meio a brincar, meio a sério, que vinha para a medalha. Eu treino para as medalhas. O normal é as pessoas exigirem, quererem medalhas, e alguns atletas olímpicos e paralímpicos dizerem que é difícil e tal. Eu gosto de dizer que eu treino para as medalhas, eu treino para ganhar. Não é sequer para o bronze. Um atleta que leva isto profissionalmente tem que treinar para ganhar, podemos ficar em último, mas vivemos com a intenção de ganhar. Eu vinha com a intenção de chegar às medalhas. Sabia que ganhar era difícil, mas também podia acontecer. Mas realmente estou um pouco surpreendido com o andamento que tive. É sinal que tive uma boa preparação, tive o melhor acompanhamento a nível médico, a nível de treinador, do mecânico e da equipa toda que está aqui. Estou muito contente.

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RECORD: Uma dedicatória para esta medalha?

Luís Costa: Tem. Eu sempre disse que queria um dia ganhar uma medalha nos Paralímpicos para dedicar ao meu pai, que está lá em cima. E eu sei que se estivesse cá hoje, teria muito orgulho em mim. Portanto, a minha primeira homenagem vai para ele. E depois tem que ser para a minha família que está aqui, aos meus filhos e à minha companheira. É graças a eles que eu tenho tempo para me dedicar a isto a 100%. Os meus deveres para com a família, acabo por deixar tudo de parte. Coloco o desporto à frente, mas só assim é que se consegue os resultados e certamente eles compreendem. E eu, mais do que tudo, agradeço à minha família.

RECORD: Tinha que acontecer?

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Luís Costa: Um dia tinha que acontecer. Dizem que à terceira é de vez, foram os meus terceiros jogos. Faltava-me esta medalha no currículo. Depois de europeus e mundiais, se calhar 99% das pessoas, mesmo aquelas que dizem que acreditam na medalha, não acreditavam realmente. Mas aconteceu.

Por Marco Martins
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