Patrão de Miguel Oliveira pensou retirar-se e acabou dia como a "pessoa mais feliz do Mundo"

Patrão de Miguel Oliveira pensou retirar-se e acabou dia como a "pessoa mais feliz do Mundo"

Parece impossível, mas foram necessários 30 anos para que a Tech 3, uma das equipas históricas do MotoGP, conseguisse chegar à sua primeira vitória na classe rainha. Liderada desde sempre por Hervé Poncharal, a equipa francesa conheceu vários fabricantes, viu passarem nas suas fileiras alguns dos mais talentosos pilotos, como Colin Edwards, Cal Crutchlow ou Andrea Dovizioso, mas foi preciso esperar até 2020, pela mão de Miguel Oliveira, para que o tão ansiado triunfo chegasse. Um momento que Poncharal assume que até já via como impossível, especialmente num fim de semana no qual até lhe passou pela cabeça retirar-se e abandonar o motociclismo.

"Que dia incrível, com imensas emoções. Estamos há 40 anos nisto e nunca tínhamos ganho uma corrida de MotoGP. Honestamente, pensei que este dia nunca iria acontecer e hoje foi o realizar de um sonho. Aqui na Áustria, em frente aos nossos patrocinadores principais, que é a Red Bull, em frente à gestão da KTM, o nosso construtor... Para ser sincero, esta manhã estava tão desanimado depois de ver os meus pilotos de Moto3 colidirem quando lutavam pelo pódio [Deniz Oncu e Ayumu Sasaki]. Pensei que talvez fosse hora de me retirar, porque quando estás tão envolvido acabas por ficar muito triste por este tipo de coisas. E agora sou a pessoa mais feliz do mundo. Só as corridas te podem dar estes altos e baixos de emoções", começou por apontar o chefe da estrutura francesa, que depois seguiu para os agradecimentos.

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"Quero agradecer à Red Bull e KTM, pois sem eles não seria possível. Quero também dedicar a vitória ao próprio Miguel, pois tem lutado imenso. O primeiro ano não foi fácil, especialmente porque se lesionou na segunda metade da época. Temos sido rápidos desde o início, a moto evoluiu, ele evoluiu, mas nunca fomos capazes de mostrar o que valíamos por causa de circunstâncias de corrida. Mas agora conseguimos! Estou muito orgulhoso dos meus dois KTM. Agora esta é uma das motos a bater. Fizemos um incrível trabalho na fábrica, com os engenheiros, com a equipa de testes juntamente com Dani Pedrosa. Claro que os quatro pilotos ajudaram imenso", assumiu.

Por fim, novos elogios à estrutura da KTM e a promessa de que o trabalho não ficará por aqui. "Trabalhei com várias construtoras e este grupo é ainda mais especial. Disseram que estavam prontos para competir e não é apenas um 'slogan', é mesmo real. Há um envolvimento muito grande, uma enorme paixão pela corrida e isso é contagiante. Vamos celebrar e esperar que surjam mais dias como este no futuro. Mas hoje quero agradecer ao Miguel, ao Iker, que fez uma fantástica corrida".

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Por Fábio Lima
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