O lendário Renault 5 Turbo vai regressar com 500 cavalos, mas é elétrico!

1/6

O relançamento fica completo em 2026 com o monstruoso R5 Turbo com 500 cavalos de potência

Para completar o renascimento do Renault 5 a marca francesa prepara uma surpresa com 500 cavalos de potência – o Renault 5 Turbo 3 E. Depois de ter apresentado o novo Renault 5 elétrico e o Alpine A290 (versão mais desportiva do novo citadino), o losango prepara-se para lançar em 2026 o Renault 5 Turbo que evoca a imagem do lendário modelo dos anos 80 do século passado.

Breve história do R5 Turbo

PUB

O Salão Automóvel de Bruxelas de 1980 viu nascer uma estrela que perduraria como um dos grandes ícones dos loucos anos 80 no Mundial de Ralis. O Renault 5 Turbo foi desenhado para dar resposta ao Lancia Stratos e acabaria por ser um dos mais poderosos modelos no Mundial de Ralis, celebrizado por um piloto virtuoso e espetacular que se manteve sempre fiel ao losango gaulês – Jean Ragnotti. Em Portugal o modelo ficou célebre com a vitória de Joaquim Moutinho/Edgar Fortes na conturbada edição do Rali Vinho do Porto de 1986 (acidente de Ford RS de Joaquim Santos levou equipas de fábrica a retirarem-se da prova por motivos de segurança). Ao longo dos seus seis anos de vida foram produzidas 4987 unidades deste monstro do asfalto (e da gravilha) – nas suas versões Turbo 1 e Turbo 2.

A primeira versão montava motor central com 160 cavalos de potência. As primeiras 400 unidades foram produzidas para efeito de homologação das versões de ralis. Pré-equipado com um kit de competição que incrementava a potência até aos 185 cv, o R5 Turbo de ralis tinha tração traseira, caixa de 5 velocidades, diferencial autoblocante e pesava apenas 925 kg.

A primeira versão de competição do Renault 5 Turbo chamava-se "Cévennes", em memória ao segundo lugar conquistado no Rally Cévennes de 1980, pela dupla Jean Ragnotti-Jean Marc Andrié. 

PUB

O "Cévennes" esteve no ativo entre 1980 e 1982 e, no seu palmarés desportivo, deixou registada a primeira vitória da Renault no Campeonato do Mundo de Ralis, mais precisamente no Rali de Monte Carlo de 1981, com Jean Ragnotti e Jean-Marc Andrié. Mas do seu palmarés, consta também o segundo triunfo do modelo na Volta à Córsega de 1982, novamente com a dupla Ragnotti/Andrié, mas aí já com uma versão mais evoluída do Renault 5 Turbo (ainda inscrita em Grupo 4), denominada "Cévennes 2".

Foram ainda produzidas versões Tour de Course e Maxi Turbo, com inúmeros sucessos em campeonatos nacionais de ralis.

A nova vaga elétrica

PUB

Quarenta anos depois a Renault recupera dos arquivos a memória do R5 Turbo e transforma-o num super hatchback elétrico. As linhas futuristas não escondem a filiação histórica, tal como o novo Renault 5 e-tech em que se baseia.

Para lhe conferir agressividade, uma secção traseira larga (quase dois metros) e uma série de apêndices aerodinâmicos como o difusor traseiro. Algumas partes da carroçaria são construídas em fibras de carbono.

A potência de 500 cavalos obriga a recorrer a dois motores elétricos montados junto das rodas traseiras com uma potência superior a 400 kW. A Renault não desvendou autonomia, mas certamente que terá de equipar o R5 Turbo com baterias de grande potência o que terá implicações na balança, com um peso que deve rondar os 1500 kg.

PUB

O interior do carro ainda não foi revelado, mas deverá recorrer a bacquets do Alpine A110 R, estrutura tubular e apenas dois lugares. Calcula-se que o preço de venda o público desta besta amarela deva rondar os 100 mil euros.

Veja Jean Ragnotti ao volante do Renault 5 Turbo nos loucos anos 80

PUB

Por Rui Pelejão
Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de Record Auto Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB