Nadadora portuguesa suspensa por recusar fazer testes de verificação de sexo

Hannah Caldas
• Foto: DR

A nadadora transgénero Hannah Caldas (nascida em Vizela há 47 anos como Hugo Caldas), que vive na Califórnia, Estados Unidos, foi suspensa por cinco anos pela Federação Internacional de Natação (FINA) por se recusar a fazer testes de verificação de sexo depois de participar no Masters World Championships, em 2024, na categoria feminina. Além disso, todos os seus resultados entre 19 de junho de 2022 e 17 de outubro de 2024 foram anulados.

Conta a imprensa norte-americana que a Federação Internacional exigiu que a Hannah Caldas (ex-atleta de crossfit e de remo) se submetesse a um teste genético ou cromossomático - a expensas próprias - para "comprovar" o cumprimento do requisito de "sexo cromossomático" da organização, previsto na Política de Género, de modo a poder participar no World Aquatics Masters, uma competição destinada a veteranos. "Este teste foi exigido mesmo depois de a Sra. Caldas ter fornecido à FINA a sua certidão de nascimento, que a identificava como mulher", refere a imprensa norte-americana.

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“Compreendo e aceito as consequências de não cumprir uma investigação da FINA”, referiu Hannah Caldas. “Mas se uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médicas mais íntimas, então fico feliz por fazê-lo, por mim e por todas as mulheres que não querem submeter-se a exames médicos altamente invasivos só para poderem nadar numa competição para veteranos”, acrescentou a nadadora.

A polémica em torno de Hannah Caldas começou em maio deste ano, quando a atleta participou no Campeonato Americano Masters da Primavera, disputado em Austin, no Texas, e venceu as cinco provas que disputou na categoria de +45 anos femininos.

Por Isabel Dantas
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