Fez-se história, esta madrugada de quarta-feira, na icónica onda de Malibu, na Califórnia. O veterano Joel Tudor, uma das maiores lendas do surf mundial, sagrou-se campeão mundial de longboard pela terceira vez na carreira. Mas, desta vez, o astro californiano fê-lo com 45 anos. Um feito conseguido mais de 20 anos depois de ter conseguido o seu primeiro título mundial da disciplina. Nas mulheres a festa foi da jovem havaiana Honolua Blomfield, que também se sagrou campeã mundial pela terceira vez.
Com um circuito que contou com apenas duas provas em 2021 (Malibu e Surf Ranch), o melhor resultado de 2020 também entrou nas contas. Isto porque no ano passado a pandemia acabou por cancelar praticamente toda a temporada. Dessa forma, Tudor beneficiou do facto de ter vencido a etapa de Noosa, na Austrália, logo no início do ano, quando ainda tinha 43 anos. Agora, já com 45, e depois de ter sido 5.º no Surf Ranch, Tudor superou a concorrência mais nova para conseguir um feito único.
Com o australiano Harrison Roach a chegar a Malibu melhor posicionado para o título, o dia final foi de muita emoção. Nos quartos-de-final Tudor teve de superar o talentoso havaianao Kaniela Stewart, enquanto Roach bateu o norte-americano Kevin Skvarna. E foi nas meias-finais que tudo se começou a desenhar, depois de o britânico Ben Skinner ter dado uma ajuda a Tudor ao vencer Roach. O californiano agradeceu, bateu Tony Silvagni na outra meia-final e na final ainda venceu a disputa com Ben Skinner, para carimbar um título histórico e até surpreendente.
"Dedico este título a Donald Takayama", afirmou Tudor após esta conquista, não esquecendo o famoso surfista e shaper havaiano, que faleceu em 2012. "Ele praticamente foi o mentor de toda a minha existência. Estou certo que, sem a sua ajuda, não teria chegado onde estou hoje", frisou Tudor, antes de finalizar em tom de brincadeira: "O que me dá mais orgulho é que finalmente superei o Kelly Slater em alguma coisa".
Um título que vem coroar uma carreira ímpar, que começou com a primeira vitória em eventos internacionais aos 15 anos. O primeiro título mundial surgiu em 1998 e o segundo em 2004. 17 anos depois desse segundo título mundial, e após um período em que nem sempre se dedicou à competição, regressou em força para fazer história.
Do lado feminino, a festa foi havaiana. Apesar da derrota na final para a francesa Alice Lemoigne, Honolua Blomfield não deixou escapar o terceiro título mundial da carreira. Um feito que parecia praticamente certo, depois das derrotas surpreendentes de Soleil Enrico e Kelis Kaleopaa nas primeiras rondas em Malibu.
No dia final Blomfield superou a norte-americana Lindsay Steinriede nos quartos-de-final, carimbando logo aí nova conquista. Nas meias-finais eliminou a brasileira Chloe Calmon e só foi travada na final por Lemoigne. Um desfecho que ainda permitiu à francesa ser vice-campeã mundial.
Para este novo título de Honolua Blomfield muito contribuiu o triunfo alcançado há poucas semanas no Surf Ranch, que a lançou para mais uma conquista. Aos 22 anos a longboarder havaiana confirmou todo o seu talento, ao somar o terceiro título de uma ainda curta carreira. O primeiro tinha surgido com apenas 18 anos, em 2017, vencendo novamente em 2019. Como a pandemia cancelou o circuito de 2020, Blomfield renova assim o cetro mundial.
"Sinto-me incrível", começou por dizer a havaiana após mais esta conquista. "Sinceramente, não esperava que isto voltasse a acontecer. Estou muito grata por tudo. É incrível ser a tricampeã mundial mais nova da história do longboard mundial", frisou Blomfield, após um dia histórico em Malibu que premiou duas gerações bem distintas.
Por João Vasco NunesFrancisca Veselko, Yolanda Hopkins, Frederico Morais e Guilherme Ribeiro
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