POR muito bons que sejam os próximos anos, Emanuel Couto nunca se irá esquecer deste final de 2000. O tenista português conseguiu em poucos meses fazer esquecer a lesão que o afastou dos “courts” na primeira metade do ano e tranquilizar os compatriotas quanto ao futuro do ténis nacional, numa altura em que João Cunha e Silva e Nuno Marques deixam o palco. O triunfo no Masters TMN foi o último de grandes sucessos em menos de três meses.
”Em termos de emoções, o ponto mais alto foi a Taça Davis. Em termos de confiança ajudou muito”, frisou Couto a "Record" antes de relembrar um torneio disputado, em Julho: “Aquele ’futures’, em França, em que venci bons jogadores e cheguei à final...”
Depois de ter obtido dois dos três pontos (no par e no singular de domingo) para a vitória sobre a África do Sul, na Taça Davis, Emanuel Couto foi participar no Circuito Satélite de Outubro bastante moralizado e acabou por vencer.
Semanas mais tarde, sagrou-se campeão nacional, com uma vitória sobre o amigo Bernardo Mota. Agora, no Masters TMN, voltou a repetir a graça para desespero de Mota.
”Os outros jogadores talvez estivessem mais cansados por terem competido na primeira metade do ano enquanto eu fiz outras coisas que não faço normalmente; comecei a jogar golfe e talvez me tenha ajudado na concentração porque é um jogo bastante exigente nesse aspecto”, revelou o tenista.
A vitória no Masters TMN foi a primeira na carreira de Emanuel embora já tivesse ganho o Grande Prémio TMN. Juntamente com a conquista do Campeonato Nacional Absoluto, este título talvez lhe tenha reaberto as portas do Estoril Open, já que é um dos critérios utilizados por João Lagos (espectador atento da final do Masters) na atribuição dos desejados “wild-cards”.
No entanto, divergências de opinião por causa da atribuição, em 1997, de um “wild-card” a Bruno Fragoso, quando este figurava cerca de 400 lugares abaixo de Couto, no “ranking” ATP, ditaram um afastamento entre o tenista e o director do Estoril Open.
”Faz-se um grande filme entre mim e o João Lagos que não tem nada a ver com a realidade. Compreendo que o João atribua os ’wild-cards’ o mais tarde possível e a quem lhe apetecer; ele é o dono do torneio”, afirmou Couto, antes de explicar: “O que se passa é que como estou a jogar ’challengers’ nos quais tenho que me inscrever três semanas antes e não posso estar à espera até ao último dia para saber se tenho um ’wild-card’ para o quadro principal. E prefiro jogar num ’challenger’ que no ’qualifying’ do Estoril Open.”
Com o afastamento de Cunha e Silva e a semi-reforma de Marques, é bem provável que Emanuel Couto seja um dos futuros beneficiados com um convite para participar no elenco principal do torneio do ATP Tour.
Homenagem a Cunha e Silva
No jantar oficial do Masters TMN, foi feita uma homenagem a João Cunha e Silva que, dias antes, disputara o seu último encontro como profissional.
Cunha e Silva viajou para Espinho horas depois de ter sido pai pela segunda vez e emocionou-se com o longo aplauso da plateia. Com a voz embargada (e o filho Joãozinho ao colo), Cunha e Silva agradeceu e assegurou ir continuar a trabalhar no futuro com o mesmo brio profissional que sempre foi a sua imagem de marca.
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