Coros PACE Pro: mais brilhante em todos os aspetos

No mercado desde o início de novembro, o Coros PACE Pro surgiu como a grande aposta da marca norte-americana para este final de ano, apresentando como trunfo a inédita integração de um visor em AMOLED. Até agora, todos os relógios da marca eram com visores MIP, sempre com uma qualidade elevadíssima, especialmente tendo em conta o preço a que se colocava no mercado, pelo que nunca houve grande apelo por parte dos fãs da marca desta novidade.

O PACE Pro veio tentar mexer um pouco esse paradigma de modelos 'budget', já que chega com um preço de 400 euros, o que trouxe à baila a necessidade da questão: faz sentido o upgrade do PACE 3 para o PACE Pro? Vamos às respostas, porque as mudanças são muitas. Resta só saber se o suficiente para dar esse tal pulo de 150 euros entre um modelo e o outro.

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Para lá do ecrã, que é desde logo aquilo que chama a atenção e dá brilho a todo o relógio - é praticamente impossível não gostar das cores e de todo o visual global -, aquilo que mais nos impressionou neste PACE Pro foi mesmo a bateria. E esse era, de facto, o nosso grande receio. Porque passar de um MIP para um AMOLED poderia significar um consumo absurdo da bateria. Não foi o caso. Se a do PACE 3 já impressionava, com 10 dias de autonomia com treinos e uso diário, o PACE Pro deu um salto ainda mais alto. Em cerca de um mês completámos dois ciclos de carregamento, isto testando ambos os modos de GPS (todos os sistemas ligados e dupla frequência).

Depois, já que falamos no GPS... Uma das promessas da COROS em relação a este novo modelo era uma maior rapidez global do processamento - a marca diz que é três vezes mais rápido do que o PACE 3. E a verdade é que isso sente-se. Não só na fluidez de trabalho no menu, mas também na rapidez com que capta o sinal antes de cada atividade. E nesse momento, quando é para registar percursos, não desilude. O chip de GPS foi melhorado e tem um nível de detalhe bastante positivo. Um dos testes definitivos que fizemos surgiu na semana passada, quando corremos a Maratona de Abu Dhabi. Ao fim de corrermos os 42.195 quilómetros da prova dos Emirados Árabes Unidos, o PACE Pro apontou-nos 42.350 quilómetros. Uma diferença de apenas 150 metros.

Falando de sensores, o cardíaco pareceu-nos o melhor que já tivemos oportunidade de testar. Neste caso, colocando-o em comparação direta com uma banda da Wahoo, que tem sido a nossa parceira há vários anos. Os dados apresentados, até mesmo em treinos de séries, com variações rápidas de ritmo, foram praticamente em linha com os da banda. Até chegamos a pensar que podia estar a haver 'roubo' do sinal, mas não era o caso...

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Outro ponto que destacamos como positivo deve-se à dimensão global e peso do relógio. Tal como o PACE 3, continua a ser leve, ainda que tenha ganho algum peso por conta do crescimento do visor - passa a ser de 1,3'', com 46mm de moldura. Em comparação direta, o PACE Pro passa a pesar 37 gramas com bracelete de nylon e 49 com a de silicone, ao passo que o antecessor se ficava pelos 30 e 39, respetivamente. Nada de mais, mesmo assim, pois o relógio continua a encaixar muito bem no pulso e a sentir-se pouco.

Mas nem tudo são rosas neste relógio e também é preciso apontar os pontos em que a Coros falha e continua a falhar. Bem, não é tanto falhar, mas é algo que pode, eventualmente, afastar de um certo público. Falamos da ausência de incorporação de plataformas de stream de música, nomeadamente o Spotify. Numa altura em que quer cada vez mais fazer frente à Garmin, a ausência deste recurso continua a penalizar muito. Ainda assim, continua a ser possível ouvir música no relógio, no caso com o upload de ficheiros mp3. Neste âmbito, note-se que a capacidade do relógio subiu consideravelmente, passando dos 4GB para os 32GB.

Isso permite não só mais músicas, mas também permite à COROS ter aqui um relógio capaz de suportar as atualizações constantes que tem habituado os seus utilizadores. Com uma capacidade mais reduzida, alguns modelos do passado já ficaram sem atualizações (ou não recebem as mais avançadas), pelo que este aumento é de agradecer.

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Essa maior capacidade permite também ter espaço para carregar mais mapas para seguir no pulso. Uma função que usámos de forma breve e que nos pareceu de fácil utilização. O facto dos mapas terem cores agora dá toda uma nova experiência e a COROS diz que em 2025 esses mesmos mapas passarão a ter o nome das ruas.

No lado negativo entra um ponto que irá da opinião de cada um. Um upgrade do PACE 3 para o PACE Pro pagando mais 150€. Vale ou não a pena? A Coros habituou-nos ao budget e este PACE Pro foge um pouco disso. Sim, tem AMOLED e é muito mais fluído, mas para quem tem o PACE 3 talvez não se justifique o upgrade só por esses dois pontos. Se, ao invés, a ideia for comprar um relógio novo, valorizando a qualidade do ecrã e a maior rapidez (essa é bem óbvia e clara!) e houver uns trocos extra, então o PACE Pro é uma bela opção.

Em suma, o COROS PACE Pro segue a filosofia da marca norte-americana: o foco é na performance, colocando em segundo plano o aspeto de smartwatch. E isso penaliza bastante um ataque mais generalizado no mercado. Ainda assim, para quem quer um AMOLED e se foca na performance, tem aqui uma excelente opção.

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Por Record
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