Num mercado cada vez mais recheado de opções - e cada vez mais voltadas para a performance pura e dura -, acaba por ser uma lufada de ar fresco ver uma marca com peso a manter a sua aposta no 'resto'. E por 'resto' leia-se um produto de qualidade, já com um legado, que se reinventa ano após ano para tentar manter-se útil no mercado. A versão 8 das Challenger da Hoka segue essa premissa e não falha.
Para colocar as coisas em perspetiva, as Challenger 8 são uma espécie de irmãs híbridas das Clifton e isso, logo aí, diz bastante. E até têm vários pontos em comum, especialmente em termos de estrutura técnica, já que ambas ganharam altura na meia-sola com a nova versão e ficaram muito mais protetoras e convidativas a jornadas longas. Seja de corrida como de simples 'exploração'.
Deixando de lado as comparações com as Clifton - até porque param aí, na verdade -, um dos aspetos interessantes deste novo modelo é a sola, algo importante para um modelo que se quer capaz de render tanto em asfalto como terra batida ou até trilhos 'moderados'. Com 4mm de 'lugs', mas agora com um desenho multi-direcional, este composto de sola tem uma capacidade de agarrar o solo bem interessante, que se sente nas tais condições que dissemos acima.
Se formos para um terreno algo mais solto, talvez não tenhamos as mesmas respostas. Até porque a sola não é Vibram Megagrip, como temos nas Speedgoat 6, mas este modelo não é para terrenos tão técnicos. Isso faz perder alguma capacidade de tração, mas também durabilidade. Nada de grave, mas é um ponto a ter em conta.
O upper sente-se com habitual numa marca como a Hoka, com um conforto de assinalar, ao qual se acresce ainda um bom ajuste que ajuda a dar estabilidade extra para aqueles momentos mais 'perigosos' das nossas aventuras fora da estrada. O 'toe box' é relativamente largo e permite um tranquilo movimento dos pés, mas se houver dúvidas há uma versão Wide disponível.
Apesar de tudo isto, a construção da parte superior é minimalista e procura apenas acrescentar o necessário. No caso, um colarinho do calcanhar reforçado para dar a tal estabilidade e ainda uma alça na zona do calcanhar para facilitar o calçar. Ainda no upper, temos de destacar a malha, que nos aparentou sempre ter uma excelente respirabilidade, algo que se agradece (e muito!) se as usarmos em longas jornadas.
Em termos de peso, a Challenger 8 chegam aos 266 gramas - no 42 masculino. Um valor elevado, para um mercado que está cada vez mais habituado a cortar o peso, mas esse é o preço a pagar por umas sapatilhas que estão mais protetoras e que têm mais espuma na meia-sola. Isso traz consigo mais amortecimento, durabilidade e conforto para longa distância. Se vale a pena prescindir de uma coisa pela outra? Se a longa distância for o objetivo, sim.
Além de ser um bom modelo para treinos em condições mistas, até mesmo para incluir na rotação de corredores de estrada que querem poupar as suas pernas aos impactos do asfalto, podem ser também uma boa opção para percursos de montanha e longas caminhadas.
À venda por 155 euros, podem ser uma excelente opção para quem gosta de misturar asfalto com trilhos pouco técnicos e tenciona um modelo para ambas as condições.
A 2.ª edição do GRIFO24Horas decorre a 15 e 16 de novembro, com os atletas a poderem optar pela versão das 3 ou 12 horas, além da Maratona noturna
Modelo da marca francesa está renovado e tem bons atributos
Modelo levou Jimmy Gressier ao recorde europeu dos 5 quilómetros
Prova da Invicta corre-se este domingo
Diogo Dalot vai falhar o dérbi de domingo
Médio internacional português, de 32 anos, está muito perto de deixar o Besiktas e rumar ao emblema de Atenas
Sem opção de compra
Antigo internacional inglês analisa momento do Manchester United
Fayza Lamari revela curiosas histórias sobre o craque francês e os seus ídolos
No processo que acabou por redundar no empréstimo de Kolo Muani ao Tottenham