Tremenda arma de apoio ao génio de Eusébio, revelou imensa nostalgia no hotel e no estádio de todas as proezas dos Magriços...
RECORD – Quando chegou aqui o que sentiu?
JOSÉ AUGUSTO – Senti uma alegria como se fosse aquela altura, quando aqui estagiámos. Muito embora o hotel já não tenha o campo onde nós treinávamos e o court de ténis onde passámos grande parte do tempo. No resto, continua na mesma. É uma grande emoção reviver esta epopeia das nossas carreiras e das nossas vidas.
Recorda-se do dia mais agitado?
JA – Tínhamos ganho 3-0 à Bulgária. O jogo terminou, fomos para o balneário, fizemos o duche, o ambiente era de enorme alegria. Deu-se então o episódio de deixarmos o Otto Glória para trás. Chegou mais tarde ao hotel e foi para o quarto chateado. A equipa reuniu-se para jantar e ele nada. Eu fui bater à porta. "Oh Otto venha jantar connosco, venha lá. Já passou", disse-lhe eu. "Não Zé, não vou", respondeu ele. Mas eu fui ao diretor do hotel pedir um escadote, porque ele tinha a janela aberta. Saltei lá para dentro e lá o convenci a jantar com a equipa. Quando ele chegou levou uma salva de palmas e outras manifestações de carinho.
Qual foi o jogo em que o José Augusto fez a melhor exibição?
JA – É difícil dizer. Ganhámos 3-1 na estreia, à Hungria, que tinha uma grande equipa. Marquei dois golos. Depois veio a Bulgária, que foi o jogo mais fácil, antes de defrontarmos o Brasil. Voltámos a ganhar (3-1) e deixámos o bicampeão do Mundo de fora. Com a Coreia do Norte foi um caso interessante. Eles tinham eliminado a Itália, que era favorita ao título. Os coreanos tinham estado a preparar o Mundial durante muito tempo.
É esse jogo da Coreia que o marcou mais?
JA – Sem esquecer o Brasil, sim, o jogo com a Coreia foi o que mais me marcou – e ambos foram aqui, em Goodison Park. Demos a reviravolta e ficámos com o povo de Liverpool a torcer por nós. A equipa que se seguia era a Inglaterra, que não tinha nenhum jogador de Liverpool na seleção. Houve manifestações de desagrado, porque havia jogadores de todos os pontos do país mas não dos clubes da cidade. E este foi o argumento pelo qual existiu uma conversação entre a FPF e a federação inglesa, que levou à mudança de local da meia-final, cedência feita por Portugal.
R – Os dirigentes disseram que foram obrigados a aceitar…
JA – Só a concordância de Portugal podia fazer com que FIFA trocasse o jogo para Wembley. Os ingleses tiveram receio de serem mal recebidos aqui, porque no último jogo de Portugal os adeptos manifestaram-se a nosso favor. Quando o Eusébio levantou o estádio com os quatro golos (e eu fiz o quinto, o da confirmação), Liverpool ficou connosco. Se essa meia-final tem sido aqui a Inglaterra iria passar um mau bocado.
R – Este Mundial vai ficar para sempre?
JA – Sim, fomos terceiros, resultado nunca repetido. Ganhámos com merito à Rússia. Se tivéssemos ido à final teríamos vencido. *
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