O título, jornada a jornada
1.ª jornada: Benfica-Estoril, 4-0
O Benfica começou a temporada com uma goleada, por 4-0, frente ao Estoril. Era difícil pedir um melhor início de época, mas este acaba por ser um resultado que não traduz as dificuldades sentidas pela equipa de Rui Vitória para conquistar os três pontos. Se os números da vitória são expressivos, talvez o minuto com que a equipa abriu o caminho para o triunfo ajude a perceber as reais contrariedades que a formação canarinha impôs no Estádio da Luz. Foi Mitroglou, apenas aos 73’, o homem que inaugurou o marcador e a desbloqueou a teia com que Fabiano Soares ia enervando as águias e os adeptos. Isto, depois de uma pré-época negativa e do desaire da Supertaça, diante do Sporting.
2.ª jornada: Arouca-Benfica, 1-0
3.ª jornada: Benfica-Moreirense, 3-2
Depois da primeira derrota, era obrigatório a equipa voltar às vitórias. Nada melhor do que voltar a ‘casa’. O adversário era o Moreirense e o grupo cumpriu o objetivo. Venceu, mas precisou de sofrer muito para o conseguir. As águias até começaram a perder, já na segunda parte, bastaram dois minutos para virar o marcador (75’ e 76’). Quando todos pensavam que já não seria necessário voltar a sofrer, eis que Rámon Cardozo (84’) volta a repor a igualdade e o Estádio da Luz em nervos. Foi então que apareceu Jonas a mostrar ao que vinha. O brasileiro, quando faltavam quatro minutos para o jogo terminar, vestiu pela primeira vez o traje que foi habitual esta época: o de herói.
4.ª jornada: Benfica-Belenenses, 6-0
5.ª jornada: FC Porto-Benfica, 1-0
Para a história fica o resultado e esse foi negativo, mas não deixou de ser um desaire inglório para as águias que saíram derrotadas do terreno do rival FC Porto, fruto do golo tardio de André André. O que é certo, é que quando estavam apenas decorridas cinco rondas do campeonato, o Benfica sofreu o segundo desaire da temporada. Este acabou por ser um desfecho um pouco enganador, tendo em conta a primeira parte dos pupilos de Rui Vitória, que acabaram por beneficiar das melhores oportunidades para abrir o marcador. Não o conseguiram e permitiram aos dragões ganhar gás e realizar um segundo tempo de melhor qualidade. O golo acabou por traduzir esse domínio.
6.ª jornada: Benfica-P. Ferreira, 3-0
7.ª jornada: U. Madeira-Benfica, 0-0
O único empate do Benfica no campeonato esta temporada provocou muitas dúvidas naquilo que, a partir dali, seria a campanha na competição. Inicialmente marcado para o dia 4 de outubro, o jogo com o União da Madeira acabou por ser adiado devido ao forte nevoeiro que se abateu sobre a Choupana. As duas equipas voltariam a encontrar-se a 15 de dezembro, com o Benfica já sem Nélson Semedo e Luisão e ainda sem Gaitán, também lesionado. No final do jogo, Rui Vitória foi muito contestado pelos adeptos dos encarnados e até foi preciso a intervenção de Rui Costa para serenar os ânimos. Cinco meses depois, o cenário mudou por completo e Vitória é adorado pelos benfiquistas.
8.ª jornada: Benfica-Sporting, 0-3
9.ª jornada: Tondela-Benfica, 0-4
O Tondela era o adversário ideal, depois da estrondosa derrota do dérbi. Rui Vitória efetuou várias alterações na equipa e surpreendeu com a aposta em Clésio como lateral-direito. A equipa aproveitou as fragilidades que os beirões vinham a demonstrar desde o início da época para construir uma goleada bastante tranquila. Algo que teve início logo ao minuto 4, quando Jonas abriu as contas da partida. Berger deu uma ajudinha, com um autogolo e o jovem Gonçalo Guedes ainda ampliou a vantagem das águias, antes das equipas irem para o descanso. Carcela fechou as contas já no fim, frente a um adversário que nunca conseguiu causar mossa à equipa de Rui Vitória.
10.ª jornada: Benfica-Boavista, 4-0
11.ª jornada: Sp. Braga-Benfica, 0-2
Em Braga, o Benfica ultrapassou um difícil obstáculo no caminho da recuperação. Antes do primeiro quarto de hora, o assunto já estava arrumado. Contudo, a formação de Rui Vitória não se livrou de valente susto, quando Stojiljkovic e Hassan construíram a primeira oportunidade do jogo. Poucos segundos depois, Mitroglou, de calcanhar, serviu Pizzi, que colocou a águia em vantagem. Estavam decorridos três minutos. Os bracarenses nem tiveram tempo para recuperar deste ‘murro’ inesperado, pois Lisandro López, aos 11, elevou a contagem. Como Pizzi a dividir-se entre o flanco e o centro, o Benfica anulou o jogo interior dos conjunto minho. E, nas alas, foi mais forte.
12.ª jornada: Benfica-Académica, 3-0
13.ª jornada: V. Setúbal-Benfica, 2-4
O triunfo em Setúbal exigiu um Benfica ao melhor nível. Força mental, consistência coletiva e talento foram os ingredientes de novo triunfo. A deslocação ao Bonfim afigurava-se complicada, atendendo à época que os comandados por Quim Machado estavam a realizar. Os primeiro minutos do desafio provaram esses receios. Durante mais de 15 minutos, os sadinos exercerem pressão em todo o campo, não dando sossego às águias O Benfica conseguiu travar o ímpeto do Vitória e assentar o seu jogo, construindo o triunfo. Mas nem a vantagem de três golos (3-0 e 4-1) permitiu aos bicampeões nacionais abrandarem, pois os visitados numa se entregaram.
14.ª jornada: Benfica-Rio Ave, 3-1
15.ª jornada: V. Guimarães-Benfica, 0-1
O nó parecia quase impossível de desatar, mas Renato Sanches insistiu e ofereceu ao Benfica uma preciosa vitória num campo muito difícil com um pontapé sem hipóteses de defesa para Miguel Silva.. A forma como festejou, junto dos adeptos atrás da baliza, foi demonstrativa da importância daquele momento, até porque manteve a equipa viva na esperança de se chegar à frente no campeonato. O golo na jornada anterior abriu portas à titularidade de Raúl Jiménez, sendo que, nesta fase, o mexicano era mais vezes titular do que Mitroglou. Apesar da polémica originada por dois lances na área do V. Guimarães, os encarnados deixaram o Minho com o moral elevado.
16.ª jornada: Benfica-Marítimo, 6-0
17.ª jornada: Nacional-Benfica, 1-4
A deslocação ao Funchal, para o encontro com o Nacional, foi marcada, mais uma vez, por uma sucessão de peripécias. Como tinha acontecido na partida com o União da Madeira, o nevoeiro voltou a aparecer e o jogo teve mesmo de ser adiado, ainda que tenham sido disputados sete minutos. Os dois clubes chegaram a acordo e a partida passou para o dia imediatamente a seguir. Era uma segunda-feira, meio-dia, e as bancadas estavam a meio gás. Apesar de os insulares ainda terem chegado ao empate, a exibição do Benfica foi segura o suficiente para garantir os três pontos. Jonas, com um hat trick, foi a figura do jogo e marcou posição na luta pela Bota de Ouro Record.
18.ª jornada: Estoril-Benfica, 1-2
19.ª jornada: Benfica-Arouca, 3-1
Depois da derrota à 2.ª jornada, em Aveiro, os encarnados entraram em campo dispostos a mostrar que esse resultado não passou de um acidente de percurso. A verdade é que Pizzi marcou pelo segundo jogo consecutivo, dando a vantagem ao Benfica logo aos 3 minutos. Ainda antes dos 20 minutos, Mitroglou deixou a Luz em delírio com um golo de calcanhar, daqueles que valem o preço do bilhete. Jonas, claro, viria a marcar posição com o 3-0, sendo que o Arouca ainda reduziu já ao cair do pano. O golo do camisola 17, recorde-se, foi marcado pelo ‘empurrão’ a Mitroglou. Gaitán, refira-se, começou no banco de suplentes, algo raro nos dias que correm.
20.ª jornada: Moreirense-Benfica, 1-4
21.ª jornada: Belenenses-Benfica, 0-5
O Belenenses revelou-se, esta época, um adversário fácil de domar. Depois da goleada caseira na primeira volta (6-0), as águias voltaram a vencer, tranquilamente, no Restelo, por 5-0. Foi um daqueles jogos em que o mais difícil foi mesmo desbloquear o marcador. Mitroglou tratou disso ainda antes do intervalo, catapultando a equipa para um triunfo categórico, fruto da inspiração dos dois goleadores do emblema da Luz. O grego fez por mais duas vezes o gosto ao pé e selou o hat trick – o único da temporada – e Jonas teve tempo para bisar. Tudo fácil, diante de uma equipa que não se remeteu à defesa e que, desta forma, concedeu muitos espaços. Um risco que saiu caro.
22.ª jornada: Benfica-FC Porto, 1-2
23.ª jornada: P. Ferreira-Benfica, 1-3
Depois da derrota caseira com o FC Porto, era imperativo para as águias vencerem o jogo seguinte, na sempre difícil deslocação a Paços de Ferreira. A verdade é que o jogo na capital do móvel marcou o início de uma série de triunfos consecutivos que catapultaram a equipa para o 1.º lugar do campeonato. Sem Gaitán, lesionado, Carcela assumiu as despesas no lado esquerdo do ataque e o Benfica colocou-se cedo em vantagem. Ao empate de Diogo Jota os comandados de Rui Vitória reagiram com um golo de Jonas, ainda antes do intervalo, e com o primeiro de Lindelöf de águia ao peito. Foi um triunfo importantíssimo e serviu para a equipa ‘disparar’ de vez.
24.ª jornada: Benfica-U. Madeira, 2-0
25.ª jornada: Sporting-Benfica, 0-1
A notícia no dia do dérbi foi a ausência de Júlio César devido a lesão e a titularidade que seria entregue a Ederson. O Benfica entrou em Alvalade com um ponto de desvantagem para o então líder Sporting, mas um golo de Mitroglou a meio da primeira parte levaria o Benfica à liderança. O grego acabaria por dividir o protagonismo com o jovem guarda-redes brasileiro, que teve três defesas decisivas a carimbar uma exibição segura. O Benfica de Rui Vitória conquistava pela primeira vez uma vitória ao Sporting esta temporada, ganhava um guarda-redes e ascendia ao 1.º lugar. De onde não mais saiu. Foi o ponto de viragem neste campeonato.
26.ª jornada: Benfica-Tondela, 4-1
27.ª jornada: Boavista-Benfica, 0-1
A luta pelo título foi até ao último minuto, mas também foi assim na deslocação ao Bessa. Num dos jogos mais exigentes e difíceis nesta reta final rumo ao tricampeonato, o Benfica parecia já condenado ao empate quando, no último suspiro, Jonas aproveita uma assistência de Mehdi Carcela para bater Mika e oferecer três preciosos pontos à equipa. Foram 90 minutos intensos e os festejos do golo serviram para expulsar toda a tensão acumulada ao longo da partida. Na tentativa de chegar ao tão esperado golo, Rui Vitória até recorreu a Jovic, que, até então, ainda não se tinha estreado de águia ao peito. O Benfica saiu do Bessa com os níveis de confiança ainda mais em cima.
28.ª jornada: Benfica-Sp. Braga, 5-1
29.ª jornada: Académica-Benfica, 1-2
Foi a sétima vitória do Benfica – a terceira na Liga – após os 85 minutos e a quinta reviravolta em todos os jogos da temporada. Raúl Jiménez entrou aos 80 minutos e cinco minutos depois disparou para o fundo da baliza dos estudantes. Um belo golo do internacional mexicano, que confirmou que os 3 pontos viajavam com os bicampeões nacionais para Lisboa. Mas, mais do que isso, garantiu que as águias iriam terminar a jornada como começaram, na liderança, mesmo com o Sporting a entrar mais tarde em campo, diante do Marítimo. Foi também neste encontro que Luisão voltou ao banco, 140 dias depois de ter fraturado o braço no dérbi com o Sporting, da Taça de Portugal.
30.ª jornada: Benfica-V. Setúbal, 2-1
31.ª jornada: Rio Ave-Benfica, 0-1
O triunfo alcançado em Vila do Conde foi um dos momentos decisivos na conquista do tricampeonato. Sendo a deslocação mais complicada do Benfica na reta final do campeonato, os adversários esperavam uma escorregadela da equipa de Rui Vitória. No entanto, esta viria a passar com distinção, graças ao ‘oportunismo’ de Raúl Jiménez, mais uma vez no sítio certo à hora certa. Como Mantorras em 2004/05, o mexicano entrava... e resolvia. Um golo de cabeça, depois de um ressalto da bola para a trave, tornava ainda mais real o sonho do título. Foi também uma partida especial para Gaitán, que completou o jogo 250 pelos encarnados, que foi também o 150.º no campeonato.
32.ª jornada: Benfica-V. Guimarães, 1-0
33.ª jornada: Marítimo-Benfica, 0-2
A expulsão de Renato Sanches ainda durante a primeira parte fez tremer grande parte do universo benfiquista. Com a vitória do Sporting no dia anterior, perante o V. Setúbal, era imperativo ganhar no Funchal para recuperar a liderança e entrar na frente na última jornada... e a missão foi conseguida. O ‘Bulo’, que representou as águias no campeonato pela última vez – foi tomar banho mais cedo, mas a verdade é que a equipa uniu-se e entrou na segunda parte transfigurada. Mitroglou fez o 1-0 e, mesmo com 10, o Benfica nunca foi inferior ao Marítimo. Talisca, de livre direto, aumentou a vantagem no marcador e colocou o ‘tri’ à distância de uma vitória.
34.ª jornada: Benfica-Nacional, 4-1
O título, jornada a jornada
Os restantes jogadores do plantel...
apontou nove golos em sete jornadas consecutivas do campeonato
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