Célia Pisa vive de perto a campanha de Teresa e Sofia Cabrita na 15.ª Festa do Basquetebol
Na 15.ª Festa do Basquetebol são muitas as ligações familiares nas várias seleções. Na delegação de Setúbal há o caso de Célia Pisa, que é dirigente de equipa das Sub-14, que as filhas gémeas Teresa e Sofia - de 13 anos - representam.
"Às vezes sou um bocado dura demais, porque tento fazer a separação, até para as outras meninas não sentirem que há algum tratamento especial. Mas elas [as filhas] já se habituaram, corre bem", assume Célia, de 51 anos, a Record, ela que já tinha estado na Festa do ano passado, mas 'apenas' como mãe, visto que Teresa Cabrita representou a referida equipa setubalense.
"No ano passado foi muito mais divertido como mãe. As almoçaradas e jantaradas dos papás são sempre mais divertidas. Este ano com a responsabilidade acrescida como dirigente de equipa, mas também é muito giro tomar conta das 12 miúdas, ter tudo pronto para os treinadores e dar todo o apoio à equipa toda", conta, sem dúvidas quanto ao local onde mais custa ver os jogos.
"Sofre-se mais no banco, porque nos temos de conter e não podemos interagir tanto e dar alguma indicação. Algo que, como pais, também o deveríamos fazer na bancada, mas sentimo-nos mais livres para opinar. Somos todos muito treinadores de bancada, mas no banco é muito mais difícil. Acompanhámos muito mais de perto o sofrimento delas, o desgaste e a frustração, mas também as alegrias", explica.
Ter a mãe mais de perto é algo que agrada às gémeas. "É muito bom, porque se temos algum problema ou algo correu mal no jogo podemos sempre falar com alguém que está mais perto [de nós]. Se dentro de campo não esta a correr algo bem, a mãe diz o que devemos fazer e pede para respirar fundo. Trocamos palavras também fora de campo e ajuda sempre. Não vejo pressão em estar muito perto. Às vezes é bom ser dura para nós crescermos como pessoas", assegura Sofia, indo ao encontro da opinião de Teresa. "O ano passado era mais mesmo como mãe, este ano é como dirigente e sinto que tenho um apoio extra de alguém que passa muito tempo comigo, o que ajuda a passar pelos problemas. Quando me lesionei estava aqui para ajudar. No ano passado também me ajudou quando precisei de algumas coisas. Não faz muita diferença [dentro do campo], mas é uma ajuda extra", vinca a jovem jogadora, para quem a Festa do Basquetebol terminou mais cedo.
"Tenho uma lesão no joelho, infelizmente já vem de outros tempos. Lesionei-me no primeiro jogo com a AB Santarém e o fisioterapeuta acha que tem a ver com os ligamentos do joelho, por isso é um bocado complicado. A Festa acabou para mim, mas vou estar sempre a apoiar", conta.
Têm o mesmo nome na camisola mas são "muito diferentes"
Quem olha pela primeira vez para as gémeas não consegue distinguir visualmente Teresa de Sofia, mas isso não costuma acontecer no seio das Sub-14. "As nossas colegas conseguem distinguir-nos. Temos o mesmo nome na camisola – Cabrita – mas temos números diferentes e nós somos muito diferentes e como elas já estão connosco há algum tempo é mais fácil. Mas se nos virem pela primeira vez é difícil de distinguir, há colegas nossas que só nos conheceram este ano e tiveram dificuldade em identificar quem éramos", revela Teresa.
Apesar de diferentes, as gémeas contam com um apoio especial dentro das quatro linhas. "Se eu a vejo e precisa de um apoio a mais, passo-lhe a bola para marcar dois pontos e ficar melhor consigo própria. É também um apoio extra dentro de campo", aponta Teresa e Sofia concorda: "Agora como está lesionada não apoia dentro de campo mas mais fora. Quando acontece algo dentro do campo ajuda-me a mim e às minhas colegas."
A Festa do convívio e das amizades que se mantêm
Esta é a segunda Festa do Basquetebol das três, ainda que Célia e Sofia não tenham sido protagonistas da edição do ano anterior. Célia Pisa, que tem também um filho de 18 anos que atua pelos seniores do Barreirense mas nunca veio à Festa, não tem dúvidas em dizer o que mais a marcou em 2022.
"O ano passado também estivemos os seis dias. Acima de tudo a união que há de todas as equipas. É incrível. Quer seja no masculino como no feminino eles interagem muito uns com os outros e é gratificante ver a amizade que criam aqui e depois fica. O ano passado isso marcou-me imenso, porque estamos sempre à espera de mais rivalidade, porque não deixa de ser competição. Mas nada disso, de todo. As miúdas sempre a cumprimentarem-se e fora de campo já estão todas no Instagram a colocar fotos todas juntas e a falar umas com as outras, quer no feminino que no masculino. Foi uma agradável surpresa, são amizades que ficam para a vida. A minha filha Sofia não participou no ano passado, mas fez amizade com uma série de miúdas que ao longo do ano foi falando. Incluindo uma da Madeira e isso é muito giro", confessa.
Quanto ao que ainda falta até ao final desta Festa, Teresa e Sofia esperam "fazer novas amizades" e voltar a "estar cá para o ano".
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