"Esta cor compromete-me". Carlos Lopes teve de aceitar a camisola vermelha clara que a produção lhe impingiu, pois todas as outras que trouxe não se adaptavam às cores do arco olímpico que segurava. Ou eram escuras de mais ou às riscas. Mas não houve problemas. Toda a gente sabe que gosta mais do verde. A boa disposição do corredor tornou o trabalho dos profissionais mais fácil.
Desta vez, não houve tempo para "aquecimento", como tantas vezes fez antes das corridas. "Aquecia e muito. O meu aquecimento era a prova de alguns atletas", riu. Hora de se colocar às ordens do fotógrafo Rui Vasco, não sem antes fazer um reparo à sua condição física: "Se calhar é melhor encolher a barriga ou usar cinta." Não era preciso. O tempo passa para todos e o Carlos Lopes pretendido para a fotografia não era o corredor em forma mas sim o homem com um passado de glória, ligada sobretudo à maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 84.
Na primeira vez que segurou os arcos, incautamente, colocou-os invertidos. "Os três arcos sempre para cima, já me esquecia." Mas o que parecia fácil foi-se tornando difícil à medida que o tempo passou e os cliques da máquina se sucederam. Carlos Lopes começou a sentir dores num ombro por segurar os arcos de madeira sempre na mesma posição. "Já não tenho idade para estes esforços", gracejou. Mas aguentou até ao fim, como nas mais difíceis maratonas que correu.
Já perto do final da sessão, deu-se o encontro com Bessone Basto, que chegava para também ele tirar o seu "boneco" para o livro. "Vais segurar o quê? Um tubarão de plástico?", atirou Lopes em provocação amigável ao mais ecléctico dos desportistas portugueses. "Não gastem os rolos todos com ele", rematou Bessone.
OUTRAS MODALIDADES
O segundo volume é dedicado a meia centena de modalidades desportivas. Excluindo o futebol, que ocupa todo o primeiro tomo, uma parafernália de desportos recebe tratamento e espaço em consonância com a importância que ocupa na preferência dos adeptos, desde o atletismo (modalidade-rainha, com direito a 50 páginas) até ao curling, o balonismo, o aeromodelismo, o pólo, os dardos ou a columbofilia, que ocupam apenas meia página. Algumas variantes surgem englobadas dentro de outras com maior projecção (por exemplo, os saltos para a água e a natação sincronizada são abordados no texto da natação) ou, na maior parte dos casos, associadas à modalidade que levou à constituição de uma federação em Portugal.
Várias modalidades não estão organizadas em Portugal, como o pólo e a pelota basca, ou estão em fase de implantação, como a petanca ou os desportos radicais. As modalidades instituídas e com competições nacionais abrem com um breve retrato do panorama federativo (data de fundação, número de praticantes orçamento e disciplinas ou especialidades que abrange).
Identificadas no livro estão cerca de duas centenas de modalidades, disciplinas e especialidades. E, mesmo assim, não se fala de mushing...
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