Livro do cinquentenário: Eusébio, rei no trono

A MELHOR forma de fazer jus ao estatuto do "King" Eusébio é sentá-lo num trono. Assim foi feito. E, para que o quadro ficasse completo, era imprescindível a presença de uma imponente pantera negra, afinal, a alcunha que o consagrou a nível mundial. O rei e a pantera, eis a ideia base da produção fotográfica que ilustrará as seis páginas dedicadas ao melhor jogador português no livro do cinquentenário Record.

"Sento-me conforme me sentir melhor. Não sou político para cruzar as pernas", afirmou o "King" quando experimentou o cadeirão. Logo ficou decidido que a sua postura seria a mais informal possível, condizente com a sua personalidade nada dada a "fantasias de realeza". A vestimenta é simples e simbólica: camisola e calças pretas. A pele da pantera. Um pormenor não escapou a Rui Vasco, o artista atrás da máquina fotográfica: os sapatos. Eram castanhos, mas Eusébio vinha prevenido e trouxe no saco um par de cor preta. "Gosto mais dos castanhos, mas, se têm de ser pretos..." No meio da sessão, o “Pantera Negra” expressou uma preocupação para os próximos tempos: "Pedi o apoio de Beckenbauer e Bobby Charlton para o Euro-2004 e agora estou dividido entre apoiar o Mundial 2006 na Alemanha ou na Inglaterra. São dois amigos, é uma situação complicada." E os cliques iam-se sucedendo, com Eusébio a experimentar posições diferentes, que o levaram a exclamar ora "pareço o 007" ora "pareço o Al Capone". No final, só faltava tirar uma fotografia com fato completo, para fins de promoção do livro, e logo aí o "rei" sentiu-se mais desconfortável: "Estou ansioso por voltar a vestir os meus ‘jeans’. Isto de fatos não é para mim." Uma forma simples de estar na vida que Record quis homenagear na fotografia do livro.

MANUAL DO LEITOR - ÍNDICE ONOMÁSTICO

Uma das mais-valias do livro dedicado ao futebol são as 24 páginas que o encerram, compostas por um índice onomástico com cerca de três mil nomes alinhados por ordem alfabética. Esta organização de todos os nomes referidos no livro permitirá ao leitor uma consulta rápida do mesmo. Por exemplo, se quiser ler apenas sobre Nené, basta procurá-lo no índice onomástico, letra "n", e logo ficará a par de todos as páginas onde o jogador é referido, evitando uma busca ao acaso.

Nalguns casos, como Jules Rimet, Jimmy Hagan, Manuel José, José Augusto, Kevin Keegan ou Salif Keita, entre muitos outros, a referência das páginas é seguida por um pequeno texto de apresentação da figura em questão, que, por uma questão de espaço, não foram incluídas no grosso do livro. Quer assim Record fazer justiça, dentro das possibilidades de espaço de uma obra como esta, ao maior número possível de personalidades do futebol nacional e internacional.

O índice onomástico, de utilidade indiscutível, vem igualmente acompanhado de cerca de 80 bilhetes de identidade, desde o saudita Majed Abdullah ao italiano Zoff, passando por figuras tão conceituadas como Klinsmann, Preud'homme, Szabo, Bella Guttmann ou Pavão. Muitas delas têm textos individuais no grosso do livro, mas a ficha do B. I. é transportada para o final, casos de Bobby Charlton, Zico, Rijkaard, Neeskens, Nordahl e Kopa, entre tantos outros.

Portanto, em 24 páginas, o leitor encontra não só uma útil ferramenta de busca de páginas como uma rigorosa base de dados sobre cerca de 80 personalidades.

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