Literalmente, Fernando Gomes calçou as botas que marcaram a sua carreira. O dourado resplandecente nos pés foi o motivo para o seu "boneco" no “Livro do Cinquentenário” Record. O "bibota", na impossibilidade de usar os seus pesados troféus, aceitou calçar um par especialmente preparado para ele. As botas ficaram-lhe um pouco apertadas, embora correspondessem ao seu número (uma questão de molde, com certeza), mas serviu o propósito.
Apesar de não estar acostumado com este tipo de trabalho fotográfico, ninguém diria, no primeiro “polaroyd”, que ali não estava um modelo tarimbado. De facto, o teste poderia até ser utilizado no livro, tão natural surgiu Fernando Gomes na película, o que tornou o seu papel ainda mais difícil, pois, já a sério, teria de fazer melhor. "Isto é como quando se começa a jogar futebol. Aos poucos vai-se rematando melhor", afirmou o antigo craque, à medida que ia sendo bombardeado pelos “flashes”.
O fato deu-lhe uma aparência requintada, mas o laço teimou em entortar no seu pescoço, o que levou a algumas interrupções. E, em cada intervalo, oportunidade para um retoque no cabelo, uma autêntica imagem "de marca". Inclusive, Gomes não dispensou alguns exercícios musculares para "descontrair a cara". Quem o visse a fazer aquelas caretas, decerto estranharia.
A naturalidade com que enfrentou a máquina fotográfica facilitou o trabalho a Rui Vasco, que testou várias posições de corpo: mãos nos bolsos, braços cruzados, tronco de lado, de frente... a tudo isso Gomes se submeteu com paciência e brio "profissional". Como "música" de fundo, a rádio seguia as peripécias do Roménia-Portugal em sub-21, algo que captou a atenção permanente do jogador, preocupado com a obtenção de um bom resultado, o que aconteceu (3-2 para a equipa das quinas).
MANUAL DOS LEITORES: RODAPÉS CRONOLÓGICOS
Terça-feira referimos a utilidade do índice onomástico para consultas rápidas, quarta-feira explicaremos a estrutura cronológica dos acontecimentos por que se rege o livro do futebol. Para quem gosta de leituras tipo "romance", encadeadas cronologicamente por um princípio e um fim, o livro segue as pisadas do futebol nacional e internacional desde 1950 a 1999.
Campeonato a campeonato, taça a taça, eurotaça a eurotaça, os acontecimentos são enquadrados numa base histórica de continuidade, onde cada facto tem o seu espaço próprio. Assim, os mundiais, europeus, taças latinas ou qualquer outro acontecimento de relevo estão enquadrados no seu espaço temporal, para que seja fácil identificá-los através das datas. Para que nada de importante fique de fora, as páginas referentes a cada ano são percorridas por um rodapé com a cronologia dos principais acontecimentos do futebol nacional. Se bem que os textos principais referentes ao campeonato, taça e eurotaças digam respeito à época que o ano em questão fecha (por exemplo, nas páginas de 1960, a época é a de 59/60), os rodapés respeitam o ano civil, de Janeiro a Dezembro.
CÉSAR DE OLIVEIRA
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