Coordenador do atletismo paralímpico, José Silva, aponta a classificações de atletas no top-6
Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, os elementos do atletismo chegam com fortes aspirações. Desde logo, a comitiva portuguesa chega ao Japão com 10 atletas na modalidade, menos sete relativamente ao número registado no Rio de Janeiro, em 2016, algo que não retira confiança aos atletas presentes. Ao nosso jornal, o coordenador do atletismo paralímpico português, José Santos, analisou a preparação para o evento em solo nipónico e assumiu o que se pode esperar dos representantes lusos.
"Em termos de preparação, correu tudo dentro do que é o normal e esperado. Realizámos o estágio antes de chegarmos a Tóquio e à Aldeia Paralímpica, que acabou por ser positivo e correu bem. Foi importante e também o facto de já não existirem tantas limitações, permitiu que houvesse tranquilidade dentro de alguma normalidade. Tentámos ter uma preparação dentro das melhores condições possíveis", confessou.
Além disso, José Santos falou nos objetivos definidos para a missão, no que diz respeito ao atletismo. "Claro que todos os atletas têm objetivos diferentes, mas queremos fazer boas provas. O nosso objetivo é sempre chegar aos lugares cimeiros. Queremos que os atletas fiquem dentro dos seis primeiros postos", garantiu, antes de referir a estreia de Cláudia Santos, João Correia e Sandro Baessa entre os elementos do atletismo: "Temos atletas jovens, mas outros também com grande experiência e qualidade. Esperamos melhorar o resultado no Rio’2016, melhorar o nosso ranking e fazer jus à posição"
Pandemia não serve de desculpa
Os atletas chegam a estes Jogos depois de período marcado pela pandemia e pelos efeitos que teve no planeamento e preparação nos treinos de cada um. José Santos aborda essa situação, com o foco no atletismo, mas não vê esse dado como uma grande condicionante para as prestações nas provas. "O atletismo foi afetado em termos de competições internacionais, sobretudo. Tínhamos definido o agendamento da presença dos atletas em alguns meetings e provas internacionais. Não participámos por medidas de segurança, devido à Covid-19, e foi falado aos atletas para termos uma maior contenção na preparação dos Jogos Paralímpicos. Para perceberem as razões, claro. Depois, tivemos a continuação natural da preparação para o evento. Mas é uma situação idêntica para quase todas as equipas", frisou o coordenador do atletismo luso.
Atletismo defende honra de modalidade mais titulada
Portugal chega aos Jogos Paralímpicos representado em oito modalidades (atletismo, badminton, boccia, canoagem, ciclismo, equestre, judo e natação), sendo que o atletismo suscita o interesse e esperança da grande maioria das pessoas. Desde logo, acaba por ser a modalidade que mais medalhas deu à Seleção portuguesa nas várias participações em Jogos Paralímpicos. Ao todo, Portugal já conquistou 92 medalhas na competição paralímpica, sendo o atletismo, com 53, o que se destaca das restantes, seguido do boccia, que totaliza 26, e depois da natação, com nove.
Desde Nova Iorque’1984, várias foram os galardões alcançados pelo atletismo luso. Logo nesses primeiros Jogos Paralímpicos em que Portugal chegou às medalhas, com 10 delas a serem garantidas pelos elementos do atletismo. A partir daí, as comitivas do atletismo paralímpico português aumentaram o medalheiro, graças às conquistas de 12 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Seul’1988, seis em Barcelona’1992, oito nos Jogos de Atlanta’1996, 12 em Sydney’2000, três em Atenas’2004, uma em Pequim’2008, e depois mais duas nos últimos Jogos, no Rio de Janeiro, em 2016.
Desta feita, a comitiva portuguesa apresenta-se em Tóquio com 10 atletas, entre eles três caras novas em Jogos Paralímpicos, Cláudia Santos, João Correia e Sandro Baessa. O atletismo nacional conta, por outro lado, com alguns dos elementos mais experientes da comitiva, nomeadamente Odete Fiúza, que parte para a sua sétima participação paralímpica, e Manuel Mendes, medalha de bronze nos Jogos do Rio. Destaque ainda para a presença de Miguel Monteiro, campeão europeu e recordista mundial do lançamento do peso F40.
Maria Martins e João Matias foram dois dos atletas que subiram ao pódio e, em conjunto com elementos da FP de Ciclismo, deram ênfase ao sucesso da prova e destacaram o crescimento que a modalidade tem tido no nosso país
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