Seleção Nacional feminina de râguebi: jogar e crescer

Portugal disputa pela primeira vez o Women’s Trophy Europe e a meta é continuar a evoluir

A carregar o vídeo ...
Seleção feminina de râguebi: Jogar o Trophy Europe para crescer

A Seleção Nacional feminina de râguebi, na vertente de 15, iniciou ontem a primeira participação oficial no Trophy (2ª divisão) da Rugby Europe com um triunfo (71-5) frente à Bélgica, em Bruxelas. No passado fim de semana, as ‘lobas’ realizaram um estágio em Queluz, Record acompanhou um dos treinos e o selecionador, João Moura, mostrou-se ambicioso. "Queremos fazer uma boa campanha. É a segunda vez que participamos, a primeira a valer. Queremos um bom processo de formação e crescimento e sentimos que as jogadoras estão focadas", vincou o técnico, que também coordena o râguebi feminino nacional. "O objetivo é ter uma maior exposição no 15, pois já temos experiência no 7, para o crescimento das jogadoras ser maior. A nível doméstico, o desafio é ter mais atletas nos clubes. Há muito potencial no nosso râguebi, mas no feminino falta gente nos treinos", alerta.

Daniela Correia é capitã e uma das mais experientes (35 anos) do grupo e aponta à "consolidação". "Começámos em 2019, fomos interrompidas pela pandemia e só no ano passado nos pusemos à prova, mas mostrámos algo e divertimo-nos imenso. Temos integrado as mais novas e já conseguimos ver um campeonato regular em Portugal, com muitos jogos. É preciso que estas jogadoras tenham competição e neste momento os clubes já começam a estar estruturados. Diria que, nesta altura, o râguebi feminino recomenda-se", analisa.

Já Mariana Marques, que aos 23 anos joga no campeonato francês, sublinha a "ambição de chegar o mais longe possível". "O râguebi de 15 chamou mais jogadoras e deu oportunidade a outras de jogarem fora, como é o meu caso. Com isso podemos trazer algo para ajudar o râguebi feminino e fazê-lo crescer", analisa.

Apoios vitais para atingir a excelência

João Moura considera "estrategicamente importantes" os apoios que a Seleção e a Federação têm recebido, entre outros, por parte dos Jogos Santa Casa. "Neste momento esse apoio é fundamental. O râguebi português tem crescido muito em termos de números. Por isso é fundamental este tipo de apoios, para que seja possível também suportar os clubes, na melhoria das suas infraestruturas ou para definir estratégias que permitam captar ou reter mais jogadores e jogadoras. Sozinhos era impossível colocarmos a modalidade num bom caminho", sustenta.

Por André Antunes Pereira
Deixe o seu comentário

Últimas Notícias

Notícias
Newsletters RecordReceba gratuitamente no seu email a Newsletter Premium ver exemplo

Ultimas de Fazemos campeões

Notícias
Notícias Mais Vistas