Criar condições para organizar o maior evento do desporto universitário é o grande foco da nova direção da FADU, que tomou posse a 8 de outubro
"Temos de trabalhar em sintonia. Do desporto escolar ao federado, passando pelo universitário". É desta forma que André Reis, o novo presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU), quer exercer neste biénio de mandato com um grande objetivo que já é um sonho antigo desta federação: criar condições para que Portugal possa organizar as Universíadas de Verão.
"Isso já foi estudado durante alguns anos pelo Daniel Monteiro [anterior presidente], mas ainda estamos longe de o conseguir. A curto/médio prazo está fora de questão, mas a longo é um objetivo que temos. No entanto, não depende apenas de nós. Há que criar condições e, para isso acontecer, o Governo tem de colocar esta questão como uma prioridade política. Já que têm apostado, e bem, nas organizações de eventos internacionais como a Web Summit, por que não apostar na organização de umas Universíadas? Do nosso lado, garanto que vamos continuar a trabalhar para que este sonho se torne cada vez mais real", começa por dizer a Record o dirigente que tomou posse no passado dia 8 de outubro.
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Orgulhoso, André Reis frisa que, "apesar da tenra idade dos constituintes", a FADU já "conquistou um espaço relevante no panorama desportivo português", mas salienta que quer mais. "Outro grande objetivo é continuar a aumentar o número de estudantes associados, que é o que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Temos, e com muito orgulho, Académica no nosso nome e é para eles que trabalhamos, para os estudantes, mas, já disse e volto a frisar, ninguém vai conseguir ter sucesso a trabalhar sozinho. As entidades desportivas portuguesas têm de se unir", remata, apontando à organização de provas de relevo: "Vamos estar atentos a todas as chamadas de candidaturas para conseguirmos atrair para Portugal as organizações de Europeus e Campeonatos de Mundo de desporto universitário.
Sugestão para o Governo
O presidente da FADU aproveitou ainda para deixar uma sugestão ao Governo que, na sua opinião, colocaria o desporto português num nível superior. "Temos tantas Secretarias de Estado, mas não temos nenhuma unicamente dedicada ao desporto. Temos uma, é verdade, mas juventude e deporto não se cruzam em nenhum ponto, deviam estar separados. O desporto continua a ser menosprezado, quando deveria ser visto como uma bandeira nacional", conclui.
Paris’2024 no horizonte
O desporto universitário tem sido ao longo dos anos um autêntico trampolim para os Jogos Olímpicos. Com o ciclo de Tóquio quase no fim, a direção da FADU vira-se agora para as Olimpíadas de 2024, que se realizam em Paris. "É só ver os números e perceber a importância que o desporto universitário tem no panorama desportivo português; vamos trabalhar para que isso continue. Neste momento estamos focados neste biénio, mas o trabalho que vamos desenvolver é com o objetivo de dar todas as condições aos atletas para o ciclo olímpico para Paris", frisa o presidente, André Reis.
Gala do Desporto Universitário
A 16 de dezembro realiza-se a Gala do Desporto Universitário, na qual serão distinguidos os melhores do ano nas categorias de atleta feminina, atleta masculino, treinador do ano e equipa do ano.
FACTOS E NÚMEROS
Fundação. A Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) nasceu de um movimento de várias academias do país, com o objetivo de dinamizar, incentivar e organizar o desporto no seio do Ensino Superior. Fundada a 2 de março de 1990, está dotada de Utilidade Pública Desportiva desde do ano de 1995, tem crescido ao longo destes anos, sendo considerada hoje em dia como uma das maiores federações desportivas do país.
FILIADOS. Tem atualmente em competição mais de 8.000 filiados, divididos por 50 modalidades, envolvendo mais de 100 clubes e 500 equipas. Organiza anualmente 76 campeonatos nacionais universitários e 48 regionais e atribui oficialmente 307 títulos nacionais universitários, culminando com a organização da Gala do Desporto Universitário.
ATIVA. A FADU recebeu o prémio de federação mais ativa da Europa, atribuído pela EUSA, em cinco ocasiões: 2013, 2014, 2015, 2017 e 2018.
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