Entrevista ao jogador do Agronomia
RECORD - Passando agora para a Engenharia Civil. Com que média entrou na universidade?
VASCO RIBEIRO – Entrei para a universidade com média de 17 no secundário, mas não foi importante porque entrei num curso com média de entrada baixa. Mas sempre foi essa a minha opção, entrar em Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico. Os mais pais sãos os dois engenheiros civis, um avô também era e desde muito novo que ganhei esse gosto por essa área. Sempre fui muito engenhocas desde novo.
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R - Foi mais difícil conciliar estudos no secundário quando tinha o objetivo da média ou agora na universidade?
VR – Na universidade, sem dúvida. A carga é muito maior, a exigência também e o râguebi também exige muito mais de nós. É preciso organizar muito bem o tempo, sabermos as nossas prioridades, mas tenho conseguido conciliar.
R - Sente que há pouca ligação entre o Mundo universitário e o râguebi de alto rendimento?
VR – Sinto muito, sim. Pelo menos não valorizam muito o desporto. Sinto isso no râguebi, mas a cultura portuguesa é assim, mas não é isso que me vai tirar do desporto ao mais alto nível.
R - Se tivesse de prescindir de algo, o que seria? O râguebi ou o curso?
VR – Aí é difícil, porque não penso nisso, mas temos de ser realistas. Em Portugal, se tivesse de prescindir de algo, teria de ser o râguebi, porque tenho de garantir o meu futuro. Mas, como já disse, não penso nisso, porque temos grandes exemplos de que é possível fazer carreira neste desporto, mesmo tendo outras profissões. Espero continuar a jogar até não conseguir mais.
R - Tem o objetivo de, um dia, saltar para o estrangeiro e levar a carreira de profissional para outro nível?
VR – Para já, o meu objetivo é terminar o curso, faltam dois anos. Mas, sim, gostaria de ter a experiência de jogar no estrangeiro, mas isso vê-se daqui a uns anos. Para já, não sei o que vai acontecer no futuro, mas é arriscar e ver no que dá. O garantido é que nestes próximos continuarei em Portugal para ajudar a Agronomia e a Seleção no melhor que conseguir.
R - Praticou mais algum desporto sem ser o râguebi?
VR – Muitos! Só me dediquei ao râguebi a 100 por cento a partir do 10º ano, que é aquela fase das primeiras decisões. Até aí também pratiquei andebol e ténis. Gosto muito de ténis!
R - Entre um ensaio e uma placagem efetiva decisiva, o que prefere?
VR – São as duas importantes! Depende da fase de jogo, mas um ensaio é um grande prazer, um momento individual que leva a equipa para a frente. Tal como a placagem efetiva, que pode ser ainda mais importante, porque muitas vezes muda os jogos. São as duas muito importantes, mas se tivesse de escolher… talvez o ensaio.
R - Considera-se um jogador mais ofensivo ou defensivo?
VR – Mais defensivo, pela minha estatura acabo por ter essas características. Trabalho muito na minha explosão para o ataque, mas por enquanto faço-me valer pelas minhas capacidades a evitar o adversário de marcar.
R - Dizem que o râguebi é um ‘desporto de brutos’. Mas o que é que realmente faz a diferença dentro de campo?
VR – Sem dúvida a cabeça. É muito mais importante do que os músculos. As pessoas que não conhecem, têm essa ideia do râguebi. É verdade que é um desporto de muito contacto, agressivo, mas sempre com respeito e regras que protegem os jogadores. A parte psicológica é importantíssima, é aí que se distinguem os bons jogadores daqueles que são muito bons.
R - Como é ser campeão ao serviço da equipa que representa desde tão jovem?
VR – Foram muitas finais e à sexta conseguimos finalmente ganhar. Ter sido campeão na Agronomia foi um sentimento incomparável. Foi um título bastante merecido para todo o grupo, que nos últimos anos tem levado esta equipa ao topo do râguebi português.
R - Mas nem tudo foi bom...
VR – Pois não. Logo depois de ter marcado o nosso primeiro ensaio, fraturei a tíbia e o perónio da perna direita. Mas o mais difícil não foram as dores, foi ter de sair de campo porque estava com uma vontade enorme de ganhar aquele campeonato. Festejei o título já deitado numa cama de hospital.
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