Claques argentinas juntam-se a manifestação de reformados e geram onda de violência

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Protesto contra o governo de Milei acabou com 124 detenções e pelo menos 46 feridos, entre eles 26 polícias

Uma onda de tumultos ocorreu em Buenos Aires, na última quarta-feira, com uma manifestação de apoio aos reformados, que juntou milhares de pessoas à porta do Congresso Nacional da Argentina, para reclamar da perda de direitos desde a chegada do presidente Javier Milei ao poder. Ao mesmo tempo, grupos organizados de adeptos de vários clubes - como River Plate, Boca Juniors, Independiente, Racing, San Lorenzo, entre outros -, devidamente equipados com as respetivas camisolas, juntaram-se aos pensionistas e envolveram-se em confrontos com as autoridades - cerca de mil agentes -, que tentavam controlar os ânimos, gerando uma brutal escalada de violência.

Os elementos das 'barras bravas' - como são conhecidas estas claques com historial de violência - atiraram pedras e outros objetos e as forças de segurança responderam com gás lacrimogéneo, balas de borracha e bastonadas para reprimir a manifestação. Dois carros da polícia foram ainda incendiados, assim como vários contentores do lixo. No final houve 124 detenções e pelo menos 46 feridos, entre eles 26 agentes da autoridade, avança a BBC Argentina.

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O mesmo órgão de comunicação revela que, enquanto estas escaramuças aconteciam fora do Congresso, na Câmara de Deputados também a sessão teve de ser interrompida, depois de deputados se terem também envolvido em cenas de pancadaria, com insultos, socos e empurrões.

Entretanto, Patricia Bullrich, ministra da Segurança Nacional da Argentina, já reagiu aos tumultos, através do X, alertando que os detidos arriscam penas de prisão até 20 anos: "Com a nova lei Antimáfia, os mais de 100 detidos arriscam penas de prisão até 20 anos. Terminou o tempo dos apertos, da extorsão e do negócio do medo. Vamos desmantelar estas estruturas meliantes".

Na origem destes protestos, que se têm realizado todas as quartas-feiras, desde há vários meses, estão os cortes nos apoios sociais, implementados pelo governo de Milei, de modo a controlar a inflação, aliviando as despesas do Estado. Neste sentido, os pensionistas queixam-se de que os aumentos têm sido sempre abaixo do custo de vida real e estão a perder cada vez mais poder de compra. A isso soma-se o facto de o executivo ter terminado com as entregas de medicação gratuita para os idosos.

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Quanto à inusitada entrada das 'barras bravas' nas manifestações, também de acordo com a BBC Argentina, tudo aconteceu depois da detenção de um homem de 75 anos que vestia a camisola do Chacarita Juniors, na semana passada. As claques decidiram solidarizar-se com a situação e apoiar esta causa, acusando as autoridades de terem atacado o idoso com gases e de lhe terem partido os pulsos. Infelizmente, esta insólita união de fanáticos por futebol e reformados acabou da pior forma possível.

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