Tem dado que falar o tema da atividade física um pouco por todo o Mundo - especialmente em França e Espanha -, sendo que uma das dúvidas recorrentes passa por saber qual é, afinal, a distância de segurança em relação aos demais para quem está, por exemplo, a correr ou andar de bicicleta. Até ao momento sempre se apontou que dois metros seria uma margem segura para impedir o eventual contágio por covid-19, mas ao que parece esses dados não estão nem perto da realidade...
Pelo menos foi a essa conclusão que chegaram as universidades Católica de Leuven, na Bélgica, e a Politécnica de Eindhoven, na Holanda, apresentando num estudo dados que apontam para que essa margem tenha de ser muito maior. No caso de quem está a
caminhar, o estudo aponta que a distância terá de ser entre
4 a 5 metros, passando depois para o dobro (
10 metros) para os
corredores e os ciclistas de 'lazer'. Já para quem utiliza a bicicleta de uma forma mais exigente (leia-se '
a um ritmo mais elevado') aí a margem terá de ser dobrada, até aos
20 metros.
Para chegarem a esta conclusão, os investigadores de ambas as universidades simularam o percurso da saliva em movimento e desde os mais diversos ângulos em condições de passeio, corrida ou ciclismo. Através dessa simulação perceberam que a margem de segurança tem de ser muito maior do que aquilo que se pensava e que correr atrás de outra pessoa (no chamado 'túnel de vento') é mesmo uma das formas mais arriscadas de o fazer, já que mais facilmente poderão 'apanhar' com as gotículas de uma pessoa eventualmente infetada.
Já se a corrida for feita lado a lado ou em formação diagonal, aí o risco de contágio é menor, mas mesmo assim a recomendação é que haja sempre algum tipo de distanciamento. Afinal de contas mais vale prevenir do que remediar!
Por Fábio Lima