As autoridades de Boston anunciaram a suspensão dos transportes públicos da área metropolitana da cidade e decretaram o recolher obrigatório na localidade de Watertown, onde continuam as operações policiais para procurar o segundo suspeito do atentado de segunda-feira.

Em conferência de imprensa, as autoridades da cidade pediram à população que não tente aceder aos transportes públicos, admitindo que a situação poderá normalizar-se pouco a pouco.

Para a localidade Watertown foram enviados mais de 9 mil agentes policiais fortemente armados, que estão a bater a todas as portas numa operação nunca antes vista para encontrar o segundo suspeito.

As autoridades pediram à população que não saia de casa, que não circule em veículos e que mantenha as empresas fechadas. A busca está concentrada em cerca de 3,8 quilómetros quadrados na localidade de Watertown, um calmo subúrbio onde vivem 35 mil pessoas.

O primeiro dos dois suspeitos identificados pela polícia morreu na madrugada de sexta-feira, após ser apanhado pela polícia.

Representantes do hospital Beth Israel em Boston confirmaram a informação antes avançada pela polícia, informando que um homem que encaixa na descrição de um dos suspeitos do atentado de segunda-feira entrou esta sexta-feira gravemente ferido na unidade de saúde e acabou por morrer.

Em conferência de imprensa, os médicos disseram que o homem entrou no hospital em paragem cardiorrespiratória, com graves ferimentos de bala e de estilhaços, bem como queimaduras, o que vai no sentido das informações acerca do tiroteio e das explosões ocorridas durante a madrugada desta sexta-feira.

"Tinha feridas que indicam algo mais do que disparos", informou um dos médicos de serviço.

O paciente chegou perto da 1 hora da madrugada (6 horas em Lisboa), com vários polícias, e a morte foi confirmada ao fim de 20 minutos de tentativas de reanimação.

No mesmo hospital estão atualmente internadas 12 das vítimas dos atentados de segunda-feira, uma das quais em estado grave.

No total, 24 feridos do atentado passaram pelo mesmo centro hospitalar. Os médicos foram alertados cerca da meia-noite de que tinha ocorrido um tiroteio e explosões, pelo que se preparavam novamente para o pior.

Um dos médicos reside em Watertown, onde testemunhou os tiros e explosões que acompanharam a fuga dos fugitivos e dirigiu-se diretamente para o hospital. Pouco depois de chegar, foi encarregado de praticar as técnicas de reanimação ao suspeito.

Duas explosões junto à meta da maratona de Boston fizeram na segunda-feira três mortos e 180 feridos.