Ministro das Infraestruturas respondeu aos deputados na Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP
O ministro das Infraestruturas garantiu hoje que não mentiu ao país e que o comunicado a informar que a ex-CEO da TAP manifestou interesse em participar na reunião preparatória do grupo parlamentar do PS, em janeiro, "é 100% válido".
"Eu não menti ao país, o comunicado é 100% válido", afirmou João Galamba, na comissão de inquérito à TAP, questionado pelo deputado Pedro Filipe Soares, do BE, sobre um comunicado enviado pelo ministério após o conhecimento público de uma reunião preparatória do grupo parlamentar do PS com a ex-presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, em 17 de janeiro, véspera da sua audição na comissão parlamentar de Economia.
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Naquele comunicado, o ministério referia que a então CEO manifestou interesse em participar na reunião preparatória e que o ministro disse que podia ir. Mais tarde, em conferência de imprensa no dia 29 de abril, João Galamba disse que tinha tido uma outra reunião, em 16 de janeiro, com Christine Ourmières-Widener, onde lhe falou da reunião que ia acontecer no dia seguinte.
"A única coisa que disse foi: 'a CEO manifestou o desejo e pediram-me para ir à reunião e eu autorizei'. Depois o tema mudou, depois o tema mudou para 'como soube da reunião?'", apontou o governante. "Se eu quisesse esconder ao país não tinha sido eu a contar ao país", sublinhou o ministro.
João Galamba considerou que aquele tipo de reuniões são normais, habitualmente com membros do Governo, porque os temas discutidos são políticos. "Penso que terá participado em reuniões preparatórias quando apoiou o Governo do PS", disse Galamba ao deputado Pedro Filipe Soares, que repudiou a ideia de o BE ter participado em qualquer reunião do género, pedindo que ficasse registado em ata.
O ministro das Infraestruturas disse que "não tinha nenhuma informação relevante a dar, manipular ou distorcer" sobre a indemnização paga a Alexandra Reis à então presidente executiva, que disse estar "muito nervosa" com a ida ao parlamento, "pela simples razão" de "nada" ter tido a ver "com esse passo".
"Não me recordo se falei ou não do SIS ou do SIRP" à ministra da Justiça
O ministro das Infraestruturas admitiu hoje não se recordar se falou sobre o SIS ou o SIRP à ministra da Justiça, quando reportou agressões a membros do gabinete e o furto de um computador pelo ex-adjunto.
"Liguei à ministra da Justiça às 22:53, foi um telefonema que durou dois minutos e vinte segundos e não me recordo se falei do SIS [Serviço de Informações de Segurança] ou não à ministra da Justiça, porque, de facto, o objetivo daquele telefonema era análogo ao que tinha ocorrido uma hora e quarenta minutos antes com o senhor ministro da Administração Interna", afirmou o ministro das Infraestruturas, João Galamba, na comissão de inquérito à TAP.
O governante explicou que contactou os seus colegas de Governo que tutelam a Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Polícia Judiciária (PJ). "Não me recordo mesmo se falei ou não do SIS ou do SIRP [Sistema de Informações da República Portuguesa, à ministra da Justiça], de qualquer modo o telefonema foi para pedir para me pôr em contacto com a PJ, coisa que aconteceu", reiterou.
Acusações de Frederico Pinheiro e atuação do SIS
O ministro das Infraestruturas revelou que em 26 de abril ligou ao ministro da Administração Interna e pediu para falar "com muita urgência com a PSP" sobre as "agressões e roubo de um computador" no ministério que lhe foram relatadas.
Na audição, João Galamba foi questionado pelo deputado do BE Pedro Filipe Soares sobre os acontecimentos da noite de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas que se seguiram à demissão por telefone do seu ex-adjunto Frederico Pinheiro.
Deixando claro que não é testemunha dos factos e que apenas recebeu um "pedido desesperado de ajuda" da sua chefe de gabinete, Eugénia Correia que, "visivelmente perturbada", lhe relatou "agressões e o roubo de um computador", o ministro considerou que fez aquilo que lhe competia. "Ligo ao ministro da Administração Interna [José Luís Carneiro] e relato o que aconteceu e peço para falar com a PSP", revelou.
Segundo João Galamba, reportou os relatos que recebeu da sua chefe de gabinete a José Luís Carneiro e depois falou com o diretor nacional do PSP, "num procedimento análogo" ao que levou a cabo mais tarde nesse noite com a ministra da Justiça, que o colocou em "contacto com o diretor nacional da PJ".
Exoneração de Frederico Pinheiro
João Galamba negou categoricamente ter ameaçado o ex-adjunto e acusou-o de o ter ameaçado, durante o telefonema em que o exonerou e no qual Frederico Pinheiro estava "muito exaltado".
"Nego categoricamente que tenha ameaçado Frederico Pinheiro, mas afirmo que fui ameaçado por Frederico Pinheiro - e não foi pouco, senhor deputado - e pode ter a certeza que se havia alguém mesmo muito exaltado naquele telefonema não era seguramente eu", afirmou João Galamba, na comissão de inquérito à TAP, em resposta ao deputado do PSD Paulo Rios de Oliveira.
Em causa estão as afirmações de Frederico Pinheiro, na audição de quarta-feira na comissão de inquérito, onde confirmou que o ministro o ameaçou "com dois socos" durante o telefonema em que foi exonerado, em 26 de abril, após o regresso de Galamba de uma visita oficial a Singapura.
"A pessoa verdadeiramente exaltada era Frederico Pinheiro que, aliás, a seguir foi fazer o que sabemos que fez, onde de facto agrediu pessoas. O exaltado naquele telefonema não fui seguramente eu", disse Galamba, admitindo ser uma "pessoa colérica", mas que, naquele momento, "estava aliviado por resolver" o problema. "Estava muito, muito tranquilo", acrescentou, sublinhando ter testemunhas disso.
As notas da reunião preparatória com a ex-CEO da TAP
Na audição na comissão parlamentar de inquérito à TAP, João Galamba foi questionado pelo deputado do PS Bruno Aragão sobre as notas retiradas pelo adjunto exonerado na reunião preparatória da audição na comissão de economia da ex-CEO da TAP com o Grupo Parlamentar do PS e que Frederico Pinheiro acusou o ministro de querer ocultar ao parlamento.
"Não há duas versões contraditórias. Há uma historia e depois há factos, provas e muitas testemunhas", respondeu, reiterando que, desde que o seu gabinete teve conhecimento de que havia notas, "tudo o que foi feito foi no sentido de as entregar" à comissão de inquérito.
Considerando que tudo o que foi feito para tentar obter essas notas "mostra o empenho total e absoluto" do seu gabinete para tudo enviar, o ministro das Infraestruturas referiu que aquilo que foi feito foi "o contrário do que foi sugerido, que era ocultar".
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