Jornal 'El Mundo' analisa motivos do sucesso português no combate à pandemia
O Mundo continua de olhos postos em Portugal e na forma como o país tem lidado com a pandemia causada pelo novo coronavírus. Na Europa causa estupefação o facto de o nosso país - quase sempre nos últimos lugares no que aos principais rankigs económicos e financeiros diz respeito -, ter conseguido desta feita ombrear, por exemplo, com a eficiência escandinava.
O jornal espanhol 'El Mundo' dedica um extenso artigo ao "milagre de António Costa". E fala num Portugal que "não tinha dinheiro para colocar combustível nas ambulâncias", muito menos "as camas de cuidados intensivos que têm a Alemanha ou os países escandinavos".
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Mas, constata o mesmo jornal, "o pequeno e pobre Portugal está entre os primeiros da Europa no que diz respeito à gestão da pandemia". Elogia o trabalho feito do ponto de vista sanitário, mas também a união política, destacando neste âmbito o apoio que Rui Rio, líder da oposição, deu ao primeiro-ministro. "A gestão portuguesa brilha quando comparada com os outros países europeus", pode ler-se.
O artigo salienta ainda o facto de Portugal ter sido o primeiro país a decidir regularizar a situação dos imigrantes clandestinos, de modo a que possam aceder ao sistema nacional de saúde, evitando assim eventuais focos de infeção. A medida, recorda o 'El Mundo', foi copiada por outros e é descrita como "original, valente e prática".
Os números de Portugal deixam, de facto, a Europa boquiaberta. O 'Der Spiegel' fala em "milagre", o 'Político.eu' considera o nosso país "uma exceção". Esse brilhantismo está a ser alcançado com uma taxa de mortalidade de 3,5%, bem longe dos 13% de Itália e da França.
Recorda o 'El Mundo' que Portugal e Espanha, além de vizinhos, são países muito parecidos. Partilham o clima, uma geografia humana semelhante, mas a taxa de mortalidade em Espanha causada pela covid-19 é de 11%.
O facto de ter sido declarado o estado de emergência numa fase inicial do contágio, quando havia 'apenas' 448 infetados, é também elogiado. Espanha fê-lo quando já tinha seis mil...
O mérito do combate português é atribuído neste artigo a António Costa, que decidiu fechar o país, mesmo contra o parecer de muitos dos seus ministros. É também destacado o facto de desde 2015 as despesas com a saúde em Portugal terem aumentado e de o Estado ter contratado mais médicos e enfermeiros nos últimos anos. A centralização do sistema de saúde possibilitou, também, a realização de muitos testes.
Mas nem tudo são rosas neste artigo do 'El Mundo', onde se pode ler que, paradoxalmente, "o atraso de Portugal relativamente aos restantes países europeus" pode ter sido uma vantagem. Enumera o "defeituoso sistema de transportes públicos", "as más ligações entre as cidades mais importantes", "a elevada percentagem de pessoas idosas que vivem sozinhas" e "a baixa escolaridade" como "vantagens em caso de pandemia".
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