Idoso morre no primeiro caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo em Portugal: o que é e como se transmite?

DGS diz que "casos têm vindo a aumentar" na Europa, mas esclarece que "não há risco de surto nem de transmissão".

Hospital de Bragança
Hospital de Bragança


A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou o primeiro caso de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo em Portugal (FHCC). O caso resultou na morte de um idoso de 80 anos internado no Hospital de Bragança.


O homem, que realizou atividades agrícolas no período de incubação, teve os primeiros sintomas a 11 de julho deste ano.


A doença pode ser transmitida por carraças infetadas pelo vírus, explicou a DGS, em comunicado.


Recebido o alerta de infeção pelo vírus da FHCC, a 14 de agosto, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), as Autoridades de Saúde encetaram uma investigação epidemiológica, "incluindo a identificação de contactos".


Na investigação, as autoridades não registaram nenhuma viagem para fora de Portugal, tendo notado apenas algumas atividades ao ar livre na área de residência.


"Não foram identificados contactos com eventuais sintomas nem casos adicionais da doença", acrescentou a DGS.


As autoridades revelaram que estão ainda em curso "investigações entomológicas reforçadas para recolha de carraças no distrito de residência do caso, assim como o seu estudo sobre a eventual deteção de carraças infetadas com o vírus FHCC".


Casos têm vindo a aumentar


O número registado de casos de FHCC na Europa tem vindo a aumentar nos últimos anos fruto do aumento das temperaturas no sul da Europa, explicou a DGS.


"Em Espanha, desde 2013 têm sido identificados casos de FHCC, com 16 casos confirmado desde então, os dois últimos em abril e junho de 2024, em comunidades fronteiriças com Portugal."


Tanto em Espanha como em França já foram detetadas carraças com vírus da FHCC.


"Caso raro e esporádico"


Face ao alarme de ter sido registada, pela primeira vez em Portugal, uma morte com esta doença, a DGS esclareceu que se trata "de um caso raro e esporádico".


A autoridade da Saúde disse que não há risco de surto nem de transmissão, uma vez que o vírus não foi detetado, para já, em carraças vigiadas.


Todavia, a DGS compromete-se a manter a atenção e a vigilância da doença. 

Por Correio da Manhã
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