Marcelo admite que pico do surto de coronavírus "pode ser um pouco depois de 14 de abril"

Presidente da República falou após uma reunião com os vários órgãos de soberania, partidos e parceiros sociais

marcelo rebelo de sousa
marcelo rebelo de sousa

A estratégia nacional de resposta à pandemia do novo coronavírus, que visa conter a propagação do vírus de modo a que não se verifique uma sobrecarga do Sistema Nacional de Saúde, deverá fazer com que o pico do surto seja atingido possa "ser um pouco depois de 14 de abril", diz o Presidente da República. 

Em conferência de imprensa realizada no final de uma reunião que contou com os vários órgãos de soberania, partidos e parceiros sociais, além de diversas apresentações técnicas de epidemiologistas das principais entidades de saúde nacionais, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que o pico do surto estimado para 14 de abril por Marta Temido, ministra da Saúde, deverá acontecer "um pouco depois" dessa data.

O Presidente começou por salientar a participação de setores políticos "tão diferentes" nesta reunião, o que destacou como o "sinais mais positivo" do encontro, pois mostra que "estamos todos a remar no mesmo sentido".

Numa altura em que há 2.362 casos de infeção pelo coronavírus confirmados, Marcelo explicou que tem havido uma "preocupação que é visível nos números" e que passa por ter um "crescimento [de novos casos] menos exponencial do que se esperava".

"Isto significa que a pressão sobre o SNS é menor e que o pico pode deslocar-se", prosseguiu notando que embora não seja possível para quando e como o pico será alcançado, "pode ser um pouco depois de 14 de abril". O Presidente da República acrescentou que depois do pico há uma estabilização depois da qual se "começa a descer".

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou ainda que no final deste mês será realizada uma nova reunião nos moldes da que hoje decorreu no auditório do Infarmed, em Lisboa. O Presidente lembrou que o estado de emergência em vigor termina a 2 de abril, pelo que antes terá de ser tomada uma decisão sobre um eventual prolongamento por mais 15 dias, o que exigirá nova "ponderação conjunta" dos responsáveis políticos e dos especialistas no domínio da saúde".

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