Mariana Mortágua anuncia que não se vai recandidatar à liderança do Bloco de Esquerda

Anúncio foi feito através de uma carta aos militantes do partido.

Mariana Mortágua
Mariana Mortágua • Foto: Lusa/EPA

Mariana Mortágua não se vai recandidatar ao cargo de coordenadora do Bloco de Esquerda (BE). O anúncio foi feito através de uma carta enviada aos militantes do partido, este sábado. Na nota emitida, a atual dirigente considera que o objetivo de "encontrar novos caminhos" perante o "reforço da direita e da extrema-direita não foi cumprido".

"Comunico-vos que decidi não me candidatar a um novo mandato de coordenadora do Bloco de Esquerda", refere Mariana Mortágua na mensagem emitida, apontando que a direção da qual é lider não conseguiu "gerar um novo impulso político e eleitoral".

"Não apenas porque continuou a redução do espaço eleitoral do Bloco, mas também porque a renovação que então fizemos não se revelou suficiente para relançar a nossa intervenção social", apontou Mortágua, que referiu ainda a "precipitação" das sucessivas campanhas eleitorais", que tiraram espaço para reflexão interna do partido e que prejudicaram uma transformação do BE.

"Bem sabemos das empenhadas campanhas de ódio dos nossos adversários, mas o certo é que não conseguimos neutralizá-las", aponta.

"Tomo esta decisão com a tranquilidade que me deu o constante apoio de todos os meus camaradas ao longo de todo este tempo. Faço-o por acreditar que o Bloco beneficiará de ter, na coordenação e no parlamento, pessoas com melhores condições do que aquelas que hoje tenho para dar voz ao partido. Caberá a cada uma das moções presentes à próxima Convenção apresentar as suas alternativas de direção. A pluralidade reforça-nos", lê-se.

Mariana Mortágua refere ainda que "a esquerda em geral", assim como o partido, atravessam um período "difícil" a nível nacional e internacional. "Estes são os tempos que nos toca viver e o Bloco tem a história, as ideias, a coerência e a militância para os enfrentar e para surpreender mais uma vez quem se assanha para nos atacar", aponta.

"Não temos medo e venceremos os novos fascistas e toda a opressão com a força da ideia socialista. Serei parte desse caminho, como sou há quase vinte anos", conclui.

Por Correio da Manhã

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