Morreu o ex-primeiro ministro japonês baleado durante comício em Nara

Foi transportado de ambulância para um hospital mas não resistiu aos ferimentos

Shinzo Abe
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O antigo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe foi esta sexta-feira alvo de um ataque durante um comício na cidade de Nara, e não apresenta sinais de vida, de acordo com a emissora pública nipónica NHK, que cita fonte dos bombeiros locais.

Shinzo Abe participava num comício eleitoral do Partido Liberal Democrático (PLD) para as eleições parlamentares de 10 de julho, quando foram ouvidos tiros, disse a emissora estatal NHK e a agência noticiosa Kyodo. 

Abe, de 67 anos, foi transportado de ambulância para um hospital perto da estação Kintetsu Yamato-Saidaiji, acrescentou o jornal Yomiuri Shimbun. Uma emissora estatal já atualizou a informação e disse que o ex-primeiro-ministro não resistiu aos ferimentos.

O ex-primeiro-ministro bateu recordes de longevidade na liderança do país e resistiu a numerosos escândalos políticos e financeiros que envolveram também a sua família.

Abe deixara há quase dois anos o cargo de primeiro-ministro por razões de saúde.

O nacionalista pragmático tinha 52 anos quando se tornou chefe de Governo pela primeira vez em 2006, o mais jovem da história do seu país no pós-guerra.

O Governo japonês condenou o ataque ao antigo primeiro-ministro Shinzo Abe e disse que ainda está a recolher informações sobre o seu estado de saúde. "Esta barbárie não pode ser tolerada, independentemente da razão da pessoa, por isso condenamo-la fortemente e faremos o nosso melhor para ajudar", disse o porta-voz do Governo nipónico, Hirokazu Matsuno.

Matsuno não deu mais informações sobre a saúde de Abe, que os serviços de emergência disseram estar em paragem cardiorrespiratória quando foi transportado para um hospital.

O embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, manifestou-se "triste e chocado" com o ataque. "Estamos todos tristes e chocados com o ataque contra o antigo primeiro-ministro, Abe Shinzo. Abe foi um líder notável do Japão e um aliado firme dos Estados Unidos. O Governo e o povo americano rezam pelo seu bem-estar, da sua família e do povo japonês", afirmou em comunicado.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, manifestou-se "chocado e entristecido com o ataque cobarde" contra o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, baleado durante uma ação de campanha.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse estar "triste e consternado" com o ataque "desprezível", também numa publicação na rede social Twitter.

"Profundamente perturbado pelo ataque ao meu querido amigo Abe", reagiu o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, igualmente no Twitter. "Os nossos pensamentos e orações estão com ele, com a sua família e o povo japonês", acrescentou.

O Ministro dos negócios Estrangeiros chinês disse que o país está em "choque" face ao ataque contra o ex-primeiro-ministro. "Seguimos a evolução da situação e esperamos que [Shinzo Abe] venha a ficar fora de perigo e que consiga restabelecer-se rapidamente", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Zhao Lijian, numa conferência de imprensa em Pequim. 

O mesmo porta-voz endereçou cumprimentos à família do ex-primeiro-ministro conservador do Japão.

Por Correio da Manhã
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