Zona italiana de Emilia-Romagna com prejuízos de milhares de milhões de euros

Presidente dessa região garante que a "água de quatro meses caiu em 36 horas"

• Foto: Reuters

As inundações na região italiana de Emilia-Romagna causaram estragos de "vários milhares de milhões de euros", disse o presidente da zona do noroeste de Itália, acrescentando que choveu em 36 horas mais do que num semestre.  

"Os 30 milhões destinados pelo Governo são bem-vindos e agradeço que os ponham à disposição de imediato, mas aqui estamos a falar de vários milhares de milhões de euros em danos ocorridos na tragédia de 2 e 3 de maio, quando a água de quatro meses caiu em 36 horas, enquanto ontem [quarta-feira] e anteontem [terça-feira] em 36 horas caiu mais água do que em seis meses", disse Stefano Bonaccini em declarações à estação pública RAI. 

De acordo com Bonaccini, "nunca se tinha visto um fenómeno desta magnitude no país". 

"Os danos foram muito maiores do que aqueles que esperávamos, mas felizmente emitimos um alerta vermelho 24 horas antes, caso contrário teria sido uma tragédia ainda mais dramática", disse o presidente regional, membro do Partido Democrata.

O alerta vermelho emitido devido a chuvas torrenciais continua em vigor hoje em toda a região de Emilia Romana.

Na quarta-feira, as chuvas fortes provocaram nove mortos e mais de vinte mil pessoas foram retiradas do local onde vivem.

Os destroços destruíram as ligações elétricas e telefónica e os acessos a muitas zonas estão condicionados. 

Nas províncias de Forlí, Ravena e Cesena há localidades inteiras "debaixo de água", uma situação que pode piorar nas próximas horas porque o nível dos rios continua muito elevado. 

O presidente regional alertou o Governo sobre a necessidade de recursos e pediu a constituição de uma comissão extraordinária para que as empresas e os trabalhadores possam dilatar os prazos das hipotecas e obrigações fiscais, assim como medidas para proteger os cidadãos que podem vir a ficar temporariamente desempregados.  

O executivo de Roma convocou um Conselho de Ministros extraordinário para enfrentar a emergência e debater soluções. 

Foi ainda cancelado o Grande Prémio de Fórmula 1 que se ia realizar no próximo fim de semana em Imola

Por Lusa
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