Estoril-FC Porto: Penálti sobre Francisco Conceição?
VAR - António?
Árbitro - Sim.
VAR - Daqui VAR, sugiro que venhas à zona de revisão para o cancelamento do penálti. Anda para trás. O defesa vai sempre na mesma direção. E o atacante vai e choca com ele. O defesa não faz nada para derrubar o atacante.
Árbitro - Então o gajo não o derruba, Tiago? Olha aqui nas costas.
VAR - António, a decisão é tua.
Árbitro - Sim, sim. Tens outro ângulo? Vamos ver outro ângulo. Outra vez. Isso.
VAR - Se reparares nas pernas, até é o atacante que choca...
Árbitro - A perna esquerda...
VAR - O atacante é que toca..
Árbitro - Ok, ok.
VAR - E não há braço. Não há nenhum agarrão.
Árbitro - Esta é boa. Não há infração, nem simulação. Vai ser bola ao solo.
VAR - Vou mostrar-te outra vez os curtos para tu veres como é o atacante que choca.
Árbitro - Certo, o 22 não comete infração.
João Ferreira, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF:
"O lance é complexo. O VAR é para erros claros e óbvios. Este não nos parece um erro claro e óbvio. Achamos que a intervenção do VAR foi excessiva. A junção dos dois contactos suporta uma decisão tomada em campo. O VAR deveria ter visto isto nesta perspetiva. A melhor decisão seria não marcar penálti. Mas a partir do momento em que assinala penálti, tem de haver elementos que suportem essa decisão. Factos são muito ténues para haver uma intervenção do VAR."