Tudo contado quanto aos casos das últimas jornadas!
Casos relativos à jornadas 9 e 10 da Liga Betclic e Liga Meu Super e à Allianz Cup
Tudo contado quanto aos casos das últimas jornadas!
VAR [Cláudia Ribeiro]: Macedo, peço que venhas à zona de revisão para um possível penálti de mão.
Árbitro [Carlos Macedo]: Ora diz, estou cá.
VAR: Vou-te mostrar. Jogador tem o braço completamente aberto, em volumetria. A bola bate na mão..
Árbitro: Ok, é penálti. Apesar de estar muito próximo, está em volumetria.
Explicação de Duarte Gomes:
“É um lance que merece alguma explicação. É atípico e muito ingrato para o árbitro. A nossa opinião, a decisão técnica, foi unânime: isto não é penálti. Foi cometido um erro pela equipa de arbitragem por punir uma mão que, estando em volumetria, estava justificada pelo contexto da jogada. O árbitro tem a melhor decisão em campo, não assinala penálti. O jogador do Benfica, quando olha para o árbitro, diz que não faz falta atacante, não pede penálti. Mas faz falta, primeiro com o pé e depois com uma carga. A bola toca no defensor e quando quer dominar com o peito já está a ser estorvado por Barreiro. Tem o braço levantado porque é tudo muito rápido, tudo muito em cima. A bola foge-lhe depois de estar a ser carregado. Árbitro foi chamado 3 minutos depois, na cabeça dele já aceitou que poderia ter errado... A imagem facultada pelo VAR, em termos factuais, é de ‘matar’ qualquer árbitro, pois mostra uma bola parada num braço em volumetria. Faltou a imagem do contexto, toda a jogada, para perceber que esta mão não poderia ser punida. Esta mão tinha várias atenuantes para estar ali colocada. É mais uma aprendizagem. As imagens traíram uma boa decisão do árbitro.”
VAR [Sérgio Piscarreta]: Fábio, recomendo que venhas à zona de revisão para um penálti. Número 25 pontapeia o adversário de forma imprudente. Vou-te mostrar.
Árbitro [Fábio Melo]: Já cá estou. Anda para a frente... Ok. Para mim, penálti sem amarelo. Número?
VAR: 25.
Explicação de Duarte Gomes:
“Árbitro tem a perceção de que há um toque na bola do defesa. Está muitíssimo perto e tem uma leitura errada do lance. Mais uma vez a tecnologia resolve fácil. Primeiro contacto é na perna, o defesa, ao tentar pontapear a bola, corre um risco, daí a imprudência. A mais ligeira das faltas, falta de cuidado, precipitado. Muitas vezes não requer intenção. Não há cartão amarelo. Na negligência já há, quando não se tem em conta o perigo para o adversário. Depois há a falta grosseiras, para colocar em perigo a integridade do adversário, e essas são para vermelho.”
VAR [Rui Oliveira]: Preciso que vás à zona de revisão para checkar um penálti. Jogador nº 99 agarra o jogador do FC Porto.
Árbitro [João Gonçalves]: Estou aqui, Rui.
VAR: Vou-te pôr... Agora vou mostrar outra [imagem], vais ver que a bola vai para lá.
Árbitro: Para mim é penálti. Quero só ver se a bola está em jogo. Dá-me a bola parada no momento do cruzamento, por favor.
VAR: Espera aí, que estamos com problemas técnicos, no touch. Já percebi o que queres... Vê agora.
Árbitro: Este é o momento?
VAR: Sim, as câmaras estão sincronizadas...
Árbitro: Anda mais um frame... Ok, penálti.
Explicação de Duarte Gomes:
“Diria que é o agarrão mais evidente na área que tivemos esta época. As recomendações, também internacionais, é que os agarrões têm impacto evidente e ostensivo no jogador agarrado ficar limitado a disputar a bola e o lance. Este é um agarrão persistente, continuado. Jogador está a ir para a bola e é impedido, agarrado de forma sistemática. Estes são os agarrões que queremos que sejam penalizados e foi. Tudo certo, a bola estava em jogo. Penálti indiscutível. [Erro técnico] Em sala, o VAR e o AVAR, nunca tocam na tecnologia, há um técnico que o faz e esse, quando tentou parar o momento do canto, a perceber se a infração era anterior, o cursor falhou e teve de ir ao teclado, daí ter demorado mais tempo a parar a imagem. Foi corrigido.”
VAR [João Casegas]: Daqui VAR, Ramalho. Aconselho a vires à zona de revisão para cancelar o penálti. Fase de ataque está tudo ok. Número 11 abre o pé, pisa o defensor e deixa-se cair. É isso que vou mostrar...
Árbitro [Pedro Ramalho]: Já cá estou.
VAR: O atacante abre o pé, pisa e agora vai-se deixar cair...
Árbitro: Até é falta atacante, certo?
VAR: Sim, para mim, sem qualquer cartão. Falta atacante e chega.
Explicação de Duarte Gomes:
“Pode ser simulação, pelo comportamento. Há um pisão que justifica a falta atacante. É o avançado que provoca o contacto, para tentar o benefício. É um expediente que os jogadores estão a recorrer com frequência e estamos atentos a isto, falámos disto nas recomendações que passámos aos clubes. Falta atacante e comportamento de simular. O jogador quer ludibriar o árbitro, sacar o penálti. Iludiu e teria iludido se não houvesse VAR, mais uma vez muito bem a sinalizar”.
VAR [Paulo Barradas]: Flávio, daqui VAR. Peço que venhas à zona de revisão para cancelar o cartão vermelho. Vou mostrar-te. O jogador tem a perna esticada, sempre em baixo. Atinge primeiro a bola. Tudo muito bola, sempre cá em baixo...
Árbitro [Flávio Lima]: Passa mais uma vez, só...
VAR: Certo. Vou mostrar esta câmara, está mais longe, mas faço zoom. Mas é igual. Perna direita esticada, não atinge de sola...
Árbitro: Está bem. Qual é o jogador?
VAR: É o número 11.
Explicação de Duarte Gomes:
"O VAR ajudou logo o árbitro. É o primeiro a dizer ‘só bola, depois é que há contacto’. Ajudou logo o árbitro naquele momento em que hesita e pode estar a pensar entre amarelo e vermelho. O jogador atinge de forma negligente. É para amarelo, sem dúvida nenhuma. Perante aquele aparato, o árbitro ia seguramente para vermelho, fica na dúvida quando ouve o colega, hesita e segue o seu instinto, mas depois é corrigido pelo colega. Lance não corta oportunidade de golo. A entrada tem muito aparato, consigo compreender a ilusão de uma falta mais dura. Falta algo perigosa, amarelo sim, vermelho não”.
VAR [João Casegas]: Miguel, daqui VAR. Recomendo que venhas à zona de revisão para ver um possível penálti. O nº 5 do Nacional dá um pontapé no nº 12 do Estoril, ok? Para mim, penálti sem cartão.
Árbitro [Miguel Fonseca]: Ok, estou aqui, podes pôr...
VAR: Vou pôr, para trás e para a frente...
Árbitro: Ok. O nº5 abre um bocado a perna... Ok. Rasteira o adversário.
Explicação de Duarte Gomes:
"Dúvidas? Nós não temos. Mas não temos todos razão. Na nossa opinião, da estrutura de arbitragem, é um erro da equipa de arbitragem. Dos dois. Induzido por um, que é quem está em sala. O primeiro acerta, ainda tem momento de dúvida quando está a ver a imagem, correto. Mas perante a evidência que o colega está a mostrar, a pressão em campo, é muito fácil ir para a sugestão do colega. A verdade é que, na nossa opinião, é o jogador do Estoril quem projeta a perna para a esquerda e provoca o contacto. Não está a proteger a posse de bola, abre a perna e provoca contacto. Temos estes lances muito bem tipificados, a UEFA também. É uma causa-efeito provocada pelo avançado. Pontapé de penálti mal assinalado.”
VAR [Luís Ferreira]: Hélder, daqui VAR. Recomendo revisão para penálti. O jogador nº 19 rasteira o adversário dentro da área.
Árbitro [Hélder Carvalho]: Estou cá. Mostra-me uma [imagem] mais aberta, por favor.
VAR: Vou-te mostrar esta por trás. Ele não vai à bola, vai à perna do adversário. Só depois vai à bola
Árbitro: Número 19. Após revisão, nº 19 rasteira o adversário...
Explicação de Duarte Gomes:
"A perceção do árbitro seguramente terá sido: o defesa joga na bola. Acaba por jogar, mas joga primeiro na perna. Depois a bola segue a trajetória como se fosse tocada pelo defesa. Poderá ter passado alguma encenação, dramatização na queda. O árbitro somou aquilo numa fração de segundo e está bem colocado. A forma de cair parece empolada, o que em alguns lances pode deturpar a posição do árbitro. Podem significar que não há infração. Neste caso a rasteira existe. Jogador quer jogar a bola mas falha. A falta existe, é uma evidência. A intervenção do VAR é correta e é penálti”.
VAR [João Malheiro]: Flávio, sugiro que venhas à zona de revisão. Quem joga a bola com o braço é o atacante.
Árbitro [Flávio Duarte]: Okapa...
Árbitro: João, cheguei agora...
VAR: Ok, vou-te mostrar. Este é o ponto de contacto do atacante com a bola no braço.
Árbitro: Ok. Vejo a mão lá em cima, mas sou iludido. Parece-me claramente mão do defesa. Qual é o jogador?
VAR: É o número 9, atacante.
Explicação de Duarte Gomes:
"O árbitro teve humildade perante as imagens. Em campo, há perceção de uma mão, que existe, e ele vê bem, mas identifica mal o infrator. O avançado tinha levantado os braços e o defesa também, correu aquele risco. O árbitro, perante se calhar pedidos de penálti imediatos, vendo ali uma mão... Este jogo, sem VAR, reparem como seria feio para a verdade desportiva termos um penálti assinalado por uma infração cometida pela equipa que está a atacar. Decisão corretíssima, excelente intervenção e, mais uma vez, correu bem”.
VAR [André Neto]: Anzhony. Daqui VAR, aconselho-te a vir à zona de revisão para possível cartão vermelho. Falta grosseira.
Árbitro [Anzhony Rodrigues]: Do número?
VAR: 31
Árbitro: Aguenta...
VAR: O jogador cai e tem mesmo intenção...
Árbitro: Ok. Número 31.
VAR: Queres outra imagem?
Árbitro: Não, é suficiente. Ele empurra o pé. Mas a bola já não está lá...
VAR: Não, está lá e ele faz conduta violente.
Árbitro: Certo. Nº 31 culpado de conduta violenta.
Explicação de Duarte Gomes:
"Esta imagem [colocada] é aquela que queremos que o árbitro, quando chegue ao ecrã, fique logo convencido. Vender ao árbitro a opinião do VAR, que neste caso contraria a sua decisão de campo. Chamamos a isto varrer a jogada. Alguém tem de ficar naqueles dois [jogadores], não vá haver algum movimento que de exaltação ou frustração que possa configurar agressão. Neste caso o movimento parece evidente, há intencionalidade. Jogador é derrubado e com a frustração estica a perna para acertar. VAR diz que há expulsão por falta grosseira, mas corrigiu, bem, após indicação do árbitro, para conduta violenta. É de facto conduta violenta. Agressão pura e simples. É importante que árbitros cataloguem bem a infração. Há movimento para agredir, derrubar. Vermelho sem qualquer margem para dúvidas.”
VAR [Luís Ferreira]: Sugiro revisão para pontapé de penálti, ok?. Vou-te dar jogador 22 com braço aberto a jogar a bola com a mão. Abre ali o braço..
Árbitro [Hélder Carvalho]: Tens alguma de frente?
VAR: Tenho...
Árbitro: Ok, após revisão... diz-me qual é o jogador.
VAR: 22. Jogador nº 22.
Árbitro: Ok, após revisão, jogador nº 22 tem o braço em posição não natural.
Explicação de Duarte Gomes:
“Parece pacífico vendo as imagens, parece haver desvio no pé do jogador do Benfica, mas tendo em conta a forma como defesa aborda o lance, com braço levantado, a pergunta é: era necessário para a sua ação que o braço estivesse naquela posição? Não. Está demasiado levantado, com muita volumetria e impacta na trajetória da bola. Nestes casos indicação é para marcar penálti. Esteve bem o VAR ao chamar o colega.”
Esta é mais uma noite de áudios do VAR. Acompanhe tudo sobre os principais lances de arbitragem das jornadas 9 e 10 da Liga Portugal Betclic e da Liga Portugal Meu Super.
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