Ex-árbitro lembra "momentos tristes" do Apito Dourado e diz que adora pressão
Na entrevista concedida à RTP3, Artur Soares Dias foi confrontado com o lado mais nefasto associado à arbitragem. "Passei no Apito Dourado. Fui do tempo do apito dourado, vivi esses momentos tristes do futebol português. Vive-se explicando, abrindo portas, mostrando quem somos, é transparência, assumir que errámos e explicar, ou porque estava cansado, ou porque dormi mal... Nunca por pressões. Aliás, adoro pressão, quando mais me pressionarem mais bem sucedido sou", afirmou.
O ex-árbitro revelou que um dos motivos que o levaram a colocar um ponto final na carreira foi o facto de sentir apenas motivação com os jogos grandes. "Um dos motivos para terminar a carreira foi que a dada altura só os jogos grandes me motivavam, os jogos da Champions... Os clássicos motivam-me, os jogos grandes. Mas eu não podia ser só um árbitro de Champions", referiu Soares Dias.
O árbitro da última final da Liga Conferência revelou ainda a história da decisão em tornar-se árbitro profissional, aos 30 anos. "Aos 30 anos tomei uma decisão, quando era diretor recursos humanos de multinacional. Numa das viagens para essa empresa ouvi a música do António Variações 'Muda de Vida'. Ao ouvir a música, tomei uma decisão que os meus amigos até diziam: 'Mas estás bem da cabeça?'. Passou por abandonar uma carreira que seria positiva para ir dar umas apitadelas. Tinha um sonho na altura, uns Jogos Olímpicos, algo que quis desde miúdo. Achava que podia ser o 1.º árbitro português nos Jogos Olímpicos. Nesse dia, cheguei à empresa e mudei de vida. Aos 45 anos, posso mudar de vida outra vez. Fecha-se um capítulo, abre-se outro. Tenho que voltar à gestão, aos números de que gosto muito, às pessoas", contou.
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