O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), José Gomes, considera que a aprovação do sorteio na Assembleia Geral da Liga Portugal obriga Vítor Pereira, líder do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, "a tirar ilações."

"A nossa posição é a favor da nomeação e contra o sorteio, mas o número de clubes que aprovam o sorteio deverá levar o presidente do CA a tirar ilações", defende José Gomes. "Isto mostra descontentamento e terá de ser Vítor Pereira a refletir sobre esta mudança."

José Gomes entende que essa reflexão não deverá passar pela demissão do atual CA. "Não, nada disso. Quando fazemos um trabalho devemos estar em permanente avaliação, para corrigirmos o que possa estar mal. Vítor Pereira tem um mandato para cumprir."

Já Cunha Antunes, antigo árbitro da 1.ª categoria, defende ser uma contradição o regresso ao sorteio. "Tem sido feito um grande investimento na arbitragem portuguesa e já foi atingido um patamar de muito bom nível, não faz sentido andar a sortear quando caminhamos para o profissionalismo."

Segundo Cunha Antunes, os clubes que aprovaram o sorteio é que devem mudar de atitude. "Esta situação acontece por causa da suspeição, mas quem a cria são os agentes desportivos. Isso é que tem de ser retificado."